O poderoso narcotraficante Jorge Adalid Granier Ruiz, 43 anos, o “Fantasma”, que foi preso em Mato Grosso do Sul no dia 28 de abril deste ano usando documentos falsos, concordou em voltar para a Argentina, onde responde por tráfico de entorpecentes.
Segundo o site Campo Grande News, a defesa informou a vontade do cliente ao STF (Supremo Tribunal Federal), que pediu parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República) no dia 2 deste mês.
O ministro Luiz Fux é que analisa o pedido do governo da Argentina para o Brasil entregar o “Fantasma”, que só está preso ainda por força de mandado de prisão preventiva para fins de extradição.
Pelo crime de uso de documentos falsos, em Mato Grosso do Sul, o boliviano de nascimento, mas dono de tripla nacionalidade (boliviana, paraguaia e argentina) foi condenado a 2 anos de reclusão em regime aberto.
“Após o deferimento da extradição, se a Argentina não fizer isso em 60 dias, pode ser colocado em liberdade”, explicou o advogado de Granier Ruiz no Brasil.
Ele detalhou que a decisão do cliente em ser favorável à extradição foi um consenso com as defesas do acusado de tráfico na Argentina e na Bolívia. “As provas contra ele na Argentina são frágeis, débeis como eles dizem”.
O defensor afirma ainda que o conselho dos advogados foi repassado a “Fantasma”, mesmo ele manifestando a vontade de permanecer no país e negado as ligações com o narcotráfico internacional.
“Pela lei, meros indícios de crime bastam para um pedido de extradição, não há necessidade de uma sentença transitada em julgado. Então, depois de uma análise minuciosa, entendemos que a chance de permanecer no Brasil é mínima. Por isso, para encurtar o processo, fomos ao STF concordar com a extradição”.