Alheios à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os pistoleiros que agem na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul não fazem quarentena e nem distanciamento social. Na noite de ontem (25), o brasileiro Ederson Itrio Fernandes de Araújo, 32 anos, que já tinha sido preso em 2013 por tráfico de 100 quilos de cocaína e estava em liberdade condicional, foi executado a tiros de fuzil em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Com esse assassinato, o número de execuções na região chega 70 somente neste ano, sendo 8 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 12 em março, 8 em abril, 7 em maio, 9 em junho, 5 em julho e 11 em agosto, que já o 2º mês mais violento do ano. O narcotraficante brasileiro foi executado quando estava no Cross Fox, placa 00S-6F68, de Campo Grande (MS), e foi atacado por pelo menos quatro pistoleiros que estavam em um Onix.
Os atiradores usavam fuzis e disparam algumas dezenas de vezes contra ele. Ederson ainda foi socorrido e levado para o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, mas morreu quando era atendido. O crime aconteceu na Rua Alejo Garcia quase esquina com a Rua 15 de Agosto, no Bairro Virgem de Caacupê, em Pedro Juan Caballero. A Polícia Nacional do Paraguai está investigando o caso, mas não descarta que seja acerto de contas entre os narcotraficantes da região.