PF prende por bloqueio de rodovia em Dourados empresário condenado por em escândalo do DNIT

A Polícia Federal prendeu ontem (20), em Dourados (MS), o empresário José Carlos Rozin sob a acusação de organizar e financiar o bloqueio do “Trevo da Bandeira”, no município, no dia 18 de novembro do ano passado, em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno da eleição para a Presidência da República.

 

José Carlos Rozin já tinha sido condenado por desvio de dinheiro no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em 2013. No protesto do ano passado, quando teve queima de pneus no “Trevo da Bandeira”, um Fiat Uno, que cruzava o local, pegou fogo após cruzar a barreira de pneus em chamas.

 

Com a finalidade de cumprir três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em Dourados, a operação conjunta entre a PF e PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi articulada contra envolvidos nos crimes de bloqueios de rodovias federais em Mato Grosso do Sul, que ocorreram em novembro de 2022.

 

Segundo a PF, as ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul em processo que investiga as manifestações e bloqueios em rodovias dos dias 18 de novembro. Na data de 20 de novembro de 2022, a PF, com apoio da PRF, deflagrou a primeira fase da Operação Unlock, que resultou na apreensão do veículo e de materiais que teriam sido utilizados no mesmo ato criminoso, além da prisão do motorista que transportou os pneus até o local do incêndio.

 

Conforme a divulgação, o grupo de pessoas investigadas deverá responder pelos crimes de incitação ao crime, associação criminosa, desobediência e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em 2013, José Rozin compunha o grupo de pessoas denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul de desviar cerca de R$ 14 milhões em recursos públicos federais destinados ao DNIT, em Dourados (MS), entre 2001 e 2006.

 

Conforme o MPF, os recursos eram desviados através de contratos do DNIT com as empresas TV Técnica Viária Construções, Rodocon Construções Rodoviárias e ECR Sociedade Civil de Engenharia e Consultoria. Entre as ações, as empresas foram contratadas para a execução de obras e serviços na BR-163 e BR-267, em trechos dentro do Estado.

 

Do mesmo modo, a empresa ECR faria a supervisão e controle das obras de restauração executadas pela empresa Técnica Viária. As empresas Base Engenharia e Spessato Diesel eram fornecedoras de bens e serviços, atuando indiretamente nos contratos públicos que eram fraudados.