A Polícia Federal deflagrou, ao longo do dia de ontem (30), a “Operação Magnus Dominus” para desarticular uma das maiores quadrilha de narcotraficantes que agia na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Segundo a PF, a organização criminosa tinha até treinamento de guerra e atuava, tanto no tráfico de drogas, quanto de armas entre o Brasil e o Paraguai, com atuação nas cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY).
A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em complexa operação policial, com deflagração simultânea nos Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A operação contou com mais de 100 policiais federais, das diversas delegacias envolvidas e ainda do Comando de Operações Táticas e da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal, com o objetivo de desmantelar grupo paramilitar.
De acordo com nota da PF, alguns de seus membros são especialistas em tática/operacional, com cursos nacionais e internacionais na área de segurança militar privada e atuação em guerras, além de seguranças militares privados de embarcações contra piratas da Somália, recrutados justamente pela sua experiência nesse tipo de serviço.
Durante as investigações, constatou-se que a organização criminosa detém grande poder bélico, com equipamentos de última geração como coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, e armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis .556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.
Para viabilizar o cumprimento simultâneo de medidas no Paraguai, foi implementada intensa cooperação policial direta com as autoridades paraguaias, contando também com a participação do Ministério Público Federal.
O nome da operação – Magnus Dominus – é latim e significa “o todo poderoso” em português, fazendo alusão ao líder do grupo criminoso, o qual se auto intitulava como DOM, em referência a Dom Corleone, do clássico filme “O Poderoso Chefão”.
O nome desse poderoso chefão não foi divulgado. A PF também não informou quantos mandados de prisão foram efetivamente cumpridos. Foram apreendidas milhares de munições dos mais diferentes calibres, inclusive de fuzis. Além disso, os policiais encontraram granadas, silenciadores e coletes balísticos.
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