A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), mais uma fase da “Operação Lesa Pátria” para cumprir em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná pelo menos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra financiadores e pessoas que fomentaram os ataques aos prédio públicos na Praça dos Três poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro deste ano.
Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Informações iniciais são de que os alvos seriam colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos (CACs) e fazendeiros, que teriam financiado os atos. Durante a apuração, foi determinado o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
“As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, traz nota da PF.
No dia 20 de janeiro, a PF saiu às ruas para identificar os integrantes dos atos antidemocráticos. Na ação, a intérprete de libras Soraia de Mendonça Bacciotti, 48 anos, presa em Campo Grande. Soraia foi intérprete durante a campanha de Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), para o governo do Estado.
Antes de ficar conhecida como a intérprete “Ruiva do Contar”, Soraia se formou em Pedagogia e fez cursos de Turismo e Gastronomia. Atualmente, fazia especialização em Educação com ênfase em surdez. A intérprete aparece em postagens nas redes sociais como apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).