Pesquisa: Com Bolsonaro, Beto sobe e ultrapassa Adriane que cai para 3º e Rose aparece em 1º

A pesquisa divulgada nesta terça-feira (9) pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência mostra alterações na disputa pela Prefeitura de Campo Grande nas eleições deste ano no município.

Com a desistência do ex-governador André Puccinelli (MDB), a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) manteve a liderança e ampliou a vantagem na disputa.

Já o deputado federal Beto Pereira (PSDB) ultrapassou a atual prefeita Adriane Lopes (PP) graças ao apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo que agora ele está em 2º lugar, enquanto ela caiu para a 3º colocação.

A deputada federal Camila Jara (PT) foi impulsionada pela definição do ex-governador Zeca do PT como candidato a vice-prefeito, dobrando os percentuais, mas ainda continua com um dígito.

O Instituto Ranking Brasil ouviu dois mil eleitores entre os dias 4 e 8 deste mês, sendo que a margem de erro é de 2,2% para mais ou menos, o intervalo de confiança é de 95% e a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o nº MS-03033/2024.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, Rose Modesto segue na liderança, com 14%, seguida por Beto Pereira com 11%, Adriane Lopes com 9%, André Puccinelli com 5%, Camila Jara com 2,5%, o deputado federal Marcos Pollon (PL) com 2%, o pecuarista Beto Figueiró (Novo) com 0,80%, o vereador Professor André Luís (PRD) com 0,5%, Ubirajara Martins (DC) com 0,15% e Luso Queiroz (PSOL) com 0,05%, enquanto os indecisos, nulos e brancos ficaram em 54%.

Em relação ao mês de junho, Rose passou de 13,40% para 14%, Beto passou de 10,20% para 11%, mas assumiu o 2º lugar porque Adriane oscilou de 13,4% para 9%.

Estipulada 1º cenário

Na estimulada, no primeiro cenário, Rose lidera com 31,5%, seguida por Beto com 20%, por Adriane com 17%, Camila com 5%, Pollon com 3,5%, Figueiró com 3%, Professor André Luís com 0,7%, Ubirajara com 0,2% e Luso com 0,10%.

A ex-superintendente da Sudeco subiu seis pontos, já que tinha 25% no mês passado e agora chega a 31%. Em cinco meses, Rose dobrou as intenções de voto, considerando-se que tinha 16% em fevereiro deste ano.

Beto também subiu seis pontos com o apoio de Bolsonaro e André. Ele vem crescendo desde fevereiro, quando tinha apenas 6,1%, chegando a 14% em junho e pulando, agora, para 20%.

Na guerra das máquinas, da prefeitura e do Estado, o tucano começa a ganhar força em relação a Adriane na véspera das convenções partidárias. A prefeita sentiu o golpe após flertar com o bolsonarismo desde o ano passado.

Ela vinha subindo a cada levantamento e chegou a ameaçar a liderança de Rose, ao passar de 15,2% em fevereiro para 22% no mês passado, ficando a três pontos percentuais e empatando com a ex-deputada na liderança.

No entanto, com a perda de cinco pontos, de 22% para 17%, Adriane corre o risco de perder a vaga no segundo turno para o candidato de Bolsonaro. Camila Jara passou de 2,30% em junho para 5%.

A candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não chega ainda a dois dígitos nem desponta como favorita, mas tem mais intenções de voto do que o coordenador do movimento Pró-Armas, Marcos Pollon. Abandonado por Bolsonaro, ele só obteve 3,5% e quase é ultrapassado por Beto Figueiró, que passou de 1,80% para 3%.

Houve aumento nos eleitores indecisos ou dispostos a anular o voto, de 14,30%, no mês passado, para 18% neste mês.

Estimulada 2º cenário

No segundo cenário, Rose manteve a liderança com 34%, seguida por Beto com 21,2%, Adriane com 18%, Camila com 5,3%, Beto Figueiró com 3,2% e Ubirajara Martins com 0,3%. Brancos, nulos e indecisos somaram 18%, contra 14,50% no levantamento anterior.

Neste cenário, Rose cresceu quase nove pontos, de 25,30% para 34%. A ex-superintendente da Sudeco confirmou os levantamentos anteriores de que seria a principal beneficiada com a saída de André Puccinelli, que optou por subir no palanque de Beto.

Beto Pereira vem confirmando o prognóstico de Reinaldo Azambuja e subiu seis pontos neste cenário, passando de 15% para 21,2%. Ele superou Adriane, que caiu de 22,40% para 18%. Camila dobrou o percentual, de 2,50% para 5,30%, enquanto Figueiró passou de 2% para 3,2%.

Estimulada 3º cenário

No cenário mais enxuto, com apenas quatro candidatos, a prefeita Adriane Lopes foi a que mais perdeu pontos, segundo o Instituto Ranking Brasil. Rose oscilou dentro da margem de erro, de 37,3% para 36,6%, mas manteve a liderança isolada e ampliou a vantagem em relação ao segundo colocado, de sete para 14,2 pontos percentuais.

O segundo lugar ficou com Beto Pereira, que saltou de 16% para 22,4%, enquanto a prefeita viu a intenção despencar de 30% para 18,2%. Já Camila Jara subiu de 2,7% para 5,4%. Os indecisos, nulos e brancos passaram de 14% para 17,40%.

Os números mostram que o apoio de Bolsonaro impulsionou a candidatura de Beto Pereira. Abandonada pelo “mito”, Adriane perdeu apoio e vai precisar de uma outra estratégia para reconquistar o apoio dos bolsonaristas.

Rose segue com o desafio de não perder pontos para o tucano, que vem construindo um grande arco de alianças e tem o apoio do Governo do Estado.

Rejeição estimulada

Na pesquisa de rejeição, a líder é Camila Jara, com 18%, seguida por Adriane Lopes, com 15%. Depois aparecem Marcos Pollon, com 9%, Professor André Luís, com 8%, e Ubirajara Martins, com 7,6%.

Mais atrás estão Luso Queiroz, com 7,2%, Beto Figueiró, com 6,5%, Beto Pereira, com 6%, e Rose Modesto, com 4%. Além disso, 18,7% dos entrevistados não sabem ou não responderam.