Em um período de menos de 72 horas, entre quarta-feira (20) e sexta-feira (22), pelo menos três motoristas de aplicativo foram vítimas de criminosos em Campo Grande. Em dois casos, eles foram acionados por uma mulher, mas, ao chegar ao local, os passageiros eram homens que anunciaram o assalto.
No terceiro caso, o motorista foi abordado e agredido por um casal que levou o veículo. O presidente da APPLIC-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motorista Autônomo de Mato do Sul), Paulo Pinheiro, alertou que os motoristas não deem o número de telefone pessoal para tentar fazer corrida particular, pois isso traz muita insegurança.
Ele lembrou que há bairros em todas as regiões da Capital nos quais os motoristas devem ficar atentos, principalmente na madrugada. Sobre os casos em que as corridas foram acionadas por uma pessoa, mas o passageiro é outro, a orientação é cancelar a corrida, caso haja alguma desconfiança, isso vale tanto para o motorista, quanto para o passageiro.
Paulo Pinheiro explicou que é importante perguntar o nome da pessoa assim que chegar até ela, conferir as características, dependendo do horário, e verificar a avaliação do passageiro no aplicativo. O mesmo vale para a população, verificar a avaliação do motorista e pedir sempre com o seu aplicativo e não de terceiros, assim traz segurança para ambas as partes.
O presidente do APPLIC-MS lembrou que as plataformas geralmente estão pedindo com frequência, para efeitos de cadastro, que a pessoa, tanto o motorista, quanto o passageiro, tirem selfies e enviem para a plataforma para conferirem. Caso aconteça algo que não condiz, será feito o bloqueio até que se resolva a pendência.
A luta da associação também é com os motoentregadores delivery e motoboys. Houve um caso recentemente de uma passageira que teve o trajeto desviado e acabou estuprada. Em relação a isso, Paulo Pinheiro disse que já foi solicitado para que as plataformas façam um pente-fino nos cadastros dos profissionais.
A ideia da APPLIC é voltar com as reuniões entre os motoristas como eram feitas em 2018 e 2019, antes da pandemia. Na época, segundo ele, havia várias ocorrências violentas envolvendo os motoristas como vítimas e com essas reuniões, incluindo Polícia Militar e Guarda Civil, os números reduziram.