Pecuarista que deixou bois para morrer é reincidente em maus-tratos de animais desde 2021

O pecuarista Milton Andrade Hildebrand, de 62 anos, que foi preso por abandonar para morrer 1.050 bovinos na própria propriedade em Rio Verde (MS), é reincidente por maus-tratos de animais desde dezembro de 2021.

Na época, outro crime ambiental foi registrado em uma fazenda de propriedade dele no município de Campo Grande (MS). Na ocasião, a equipe de investigação da DECAT (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), juntamente com uma veterinária da Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal), deslocou-se até a Fazenda Alvorada.

No local foram encontrados dois porcos em um local fechado, sem água e alimento, magros e agitados, um galo em um local cercado por telas e com cobertura, mas apenas com água, uma galinha e seis pintinhos, todos sem água e sem alimentos há vários dias, três cães sem raça definida soltos no quintal, sem água e comida e dois cães da raça Foxhound Americano magros, em local fechado com telas e portões, também sem água, alimentos e já desidratados.

Além de encontrarem um cavalo já em estado de decomposição avançado, em manifesta situação de maus-tratos – testemunhas disseram aos policiais que o animal havia morrido por falta de água e alimentação adequada. Os animais resgatados foram entregues à ONG Cão Feliz.

À época, o proprietário Milton Andrade disse que não tinha intenção de matar, nem maltratar, e que, teria deixado funcionários, responsáveis pelo alimento e água dos animais. No entanto, diante do laudo, a Subea constatou a veracidade de maus-tratos e abandono, tendo em vista que os animais estavam abandonados, sem água e sem alimento há vários dias.

A última atualização neste processo ocorreu em maio deste ano, quando o MPE (Ministério Público Estadual) apresentou uma denúncia contra Hildebrand por crimes ambientais. O caso segue em andamento na Justiça de Mato Grosso do Sul.