PCC infesta a fronteira seca com o Paraguai e espalha mais de 200 integrantes por lá de forma violenta

Sérfio, matador da .50 e sua vítima, Jorge Rafaat

armas que mataram rafaatPelo menos 200 membros da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam escondidos no Departamento de Amambay, no país vizinho, bem como na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, região de fronteira seca entre o Paraguai e o Brasil.

Ainda de acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, o grupo estaria fortemente armados, inclusive com armas pesadas, aguardando ordens para a realização de uma onda de crimes nos dois lados da fronteira.

Segundo dados de uma fonte da promotoria de Justiça de Pedro Juan Caballero, capital do Departamento de Amambay, que pediu anonimato por medo de represálias, tanto o Ministério Público, quanto as autoridades prisionais, teriam recebido relatos de que um número considerável de membros do PCC também está preso na cadeia regional e outros residem ilegalmente na fronteira.

A verdade é que depois do assassinato do traficante de drogas e contrabandista de armas Jorge Rafaat, em junho do ano passado, elementos do grupo criminoso brasileiro assumiram o controle do crime organizado na faixa de fronteira seca entre o Paraguai e o Brasil e estão localizados em locais estratégicos, como as cidades paraguaias de Capitán Bado, Bella Vista Norte e Pedro Juan Caballero.

O temido grupo criminoso brasileiro tem uma organização em que as obrigações estão divididas. Assim, uma parte é designada especificamente para o tráfico de cocaína, armas e maconha para o mercado brasileiro, enquanto outro está dedicado exclusivamente à lavagem de dinheiro obtido por meio de atividades ilegais no Paraguai.