Às vésperas de ser extraditado para o Brasil, o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso no Paraguai, tentou, na noite desta quarta-feira (27), uma última cartada para evitar a vinda para o País. O advogado de defesa Christian Colmán interpôs recurso junto ao Judiciário do país vizinho para que o seu cliente não seja entregue à Justiça brasileira nesta quinta-feira (28).
No entanto, o “pulo do gato” dado pela defesa de Pavão não colou e o pedido foi rejeitado de bate-pronto. O recurso foi protocolado pouco antes das 20 horas de hoje junto ao Gabinete de Atenção Permanente do Judiciário do Paraguai contra a juíza Lici Sánchez, que concedeu a extradição do traficante de drogas Jarvis Chimenes Pavão ao Brasil.
Poucos minutos depois, a tentativa do advogado estava frustrada porque, no Poder Judiciário, nem foi dada atenção ao documento. Indignado, o advogado Christian Colmán disse que com essa rejeição “uma família está sendo destruída” porque a vida de Jarvis Chimenes Pavão está em perigo e eles não sabem “quanto tempo vai durar vivo” quando der entrada em uma prisão brasileira.
Pavão está atualmente cumprindo sua sentença no Paraguai e, a partir desta quinta-feira, deve ser enviado para o Brasil, onde a Justiça o condenou pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, entre outros. O diretor de Direitos Humanos do Ministério do Interior do Paraguai, Hugo Samaniego, disse que os advogados do narcotraficante fizeram várias queixas, mas que ele não viu “nada de irregular”.
Os funcionários do Ministério do Interior reuniram-se na tarde desta quarta-feira com Pavão no Grupamento Especializado, em Assunção, para corroborar se houve algum tipo de irregularidade quanto ao respeito dos seus direitos humanos. De acordo com Hugo Samaniego, no fim da reunião, tudo estava em ordem e quando perguntado sobre o relatório que iria enviar aos seus superiores respondeu que ele prefere entregar antes de fazer alguma declaração à imprensa.