A grande fuga que ridicularizou as agências de segurança do Paraguai foi planejada e executada com maestria por dois “chefões” regionais do PCC (Primeiro Comando da Capital), David Timóteo Ferreira e Osvaldo Rodrigo Pagiotto. Eles tiveram o apoio logístico dos seis pistoleiros Ailton Botelho Dos Santos, Marcos Paulo Valdez Pereira, Julio César Gomes, Rafael De Souza, Felipe Diogo Fernandes Dias e Luciano De Souza Martins, todos membros da estrutura do narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Netto, mais conhecido como “Minotauro”, que atualmente está preso no Brasil.
O objetivo dos criminosos era claro: reagrupar e assumir o controle do tráfego de drogas e armas na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. De acordo com os investigadores da Polícia, nos últimos meses o PCC perdeu força na área de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), após a captura de seus principais líderes operacionais, como David Ferreira e Osvaldo Pagiotto.
No entanto, o maior golpe que sofreu a estrutura criminosa do PCC na região foi com a captura do “chefão” brasileiro Levi Adriani Felicio e do seu braço direito, o paraguaio Marcio Gayoso, 27 anos, também conhecido como “Candonga”. Levi, que operava em uma propriedade de luxo na capital do Paraguai, era o gerente do PCC no Paraguai.
Ele quem autorizava todas as ações que o PCC realizava no país vizinho, como tráfico de armas e de drogas, agressões e até assassinatos contratados. Da mesma forma, o “chefão” controlou toda a área de fronteira com o Brasil graças ao pagamento mensal de quantias significativas em dinheiro às autoridades regionais.
As entregas de dinheiro eram feitas por seu secretário Candonga, que manteve um contato próximo com as autoridades, de acordo com algumas conversas capturadas por ordem judicial da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e do Ministério Público do Paraguai.