O ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, 49 anos, pai do acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, que foi assassinado em abril de 2019 em seu lugar pela milícia armada desmontada pela “Operação Omertà”, foi preso ontem (18) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Joinville (SC), um dia depois de perder a patente na Polícia Militar.
Segundo a PRF, ele foi levado para a delegacia de Polícia Civil por porte de arma ilegal, uma pistola .380, sendo ouvido e liberado. A abordagem aconteceu na BR-101, durante fiscalização de rotina e os policiais rodoviários federais pararam a camionete S10 em que viajava o Paulo Xavier, mais conhecido como “PX”, e o encontraram armado.
Na conversa com a equipe da PRF, ele disse estar com a pistola por ser policial aposentado, mas, na checagem, foi descoberta a perda de patente, oficializada na terça-feira (17). Ele foi levado para CPP (Central de Joinville, para ser autuado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Esse tipo de infração é afiançável, segundo o Estatuto do Desarmamento.
Pai de Matheus Coutinho Xavier, assassinado em abril de 2019, por engano, Paulo Xavier era o alvo da execução, que para os investigadores do caso seria uma vingança. O crime é atribuído à milícia armada descoberta em Campo Grande pela “Operação Omertà”, que desbaratou a milícia armada chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho, para quem PX tinha trabalhado como uma espécie de segurança.