O assessor de assuntos internacionais da Presidência do Paraguai, Frederico Gonzáles, jogou um balde de água fria nas pretensões dos empresários das cidades fronteiriças com o Brasil de reabertura da fronteira e o prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, alertou que a região já vive uma crise econômica histórica. Frederico Gonzáles garantiu que não há nenhuma possibilidade de abertura das fronteiras e retomada dos voos comerciais para outros países enquanto não se controlar o avanço da Covid-19.
Ele afirmou que o Governo não pode avançar com medidas de reabertura da fronteira e retomada dos voos sem um controle sobre o avanço do novo coronavírus. O assessor explicou que estão sendo estudados canais de retomada de voos comerciais com países onde o vírus já está controlado, enquanto à reabertura das fronteiras não está em pauta no momento.
Já o prefeito de Pedro Juan Caballero reforça que a situação econômica do município está insustentável em razão dos vários meses de fronteira fechada. Ele destacou que a cidade é gêmea de Ponta Porã (MS) e sobrevive do turismo de compra, mas, com a fronteira fechada, o efeito é maléfico.
A aposta do prefeito José Carlos Acevedo é que a liberação do serviço de delirery melhore a situação econômica de Pedro Juan Caballero. “Estamos vivendo a pior crise de todos os tempos Não temos indústrias, temos só um frigorífico que provavelmente volte a funcionar em 15 dias, os shoppings não podem abrir e não sabemos o que podemos fazer. A única saída é abrir a fronteira, mas não pode”, lamentou.