Para “desafogar” a Santa Casa, pacientes podem ser encaminhados a outras unidades de saúde

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) estuda medidas para “desafogar” a Santa Casa, que alegou superlotação de pacientes. Em nota, a Sesau informou que não houve comunicação oficial por parte do hospital sobre fechamento ou restrição de atendimento no Pronto Socorro, porém, as equipes trabalham para encontrar soluções para o problema.

Conforme a Secretaria, o setor técnico está em contato com o hospital para entender a situação e definir medidas para evitar a sobrecarga do serviço, direcionando o fluxo de atendimento para outras unidades hospitalares, caso necessário. Além disso, o município mantém os encaminhamentos dentro daquilo que é pactuado com o hospital, observando o cenário atual.

Já a Santa Casa comunicou que tem mais de 110 pacientes internados na área de ortopedia e, desse total, 40 aguardam vagas para cirurgia, com média de espera nos corredores é de mais de 12 horas. Além dos pacientes de Campo Grande, a unidade também recebe pacientes de ouras cidades do Estado, o que agrava ainda mais o problema.

O diretor-técnico da Santa Casa, William Lemos, afirma que há algum tempo o hospital passa por período de superlotação, mas que a situação se intensificou nos últimos dias. Ele disse que o aumento de atendimentos e internações pode ser reflexo do feriadão de Carnaval.

Sem leitos, os pacientes permanecem por horas nos corredores e no pronto-socorro, o que, consequentemente, também gera a retenção de macas, impactando nos atendimentos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Corpo de Bombeiros. O diretor-técnico ressalta que não há recusa de pacientes e que todos continuam sendo atendidos, mas com limitações devido à falta de leitos.