Pacientes do interior do Estado respondem por 35% das demandas hospitalares de Campo Grande

Pelo menos 35% das demandas hospitalares de Campo Grande são de pacientes de cidades do interior de Mato Grosso do Sul e até do Paraguai e da Bolívia, conforme levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

 

Com a falta de hospitais em 15 municípios de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Nova Andradina acabam recebendo, além de suas próprias demandas, os pacientes de cidades vizinhas, que precisam de atendimentos e tratamentos especializados e até mesmo cirurgias.

 

Segundo a Sesau, a média é de 30% a 35% da demanda, entretanto, há hospitais que são referência no Estado, para determinado tipo de atendimento, então, acaba se concentrando quase que a totalidade de atendimento aqui em Campo Grande.

 

No ano de 2022, Campo Grande registrou uma média de 1.625 pacientes por mês, transferidos do interior para os hospitais da Capital. Cabe ressaltar que este é apenas o número de pessoas que foram trazidas por meio de serviços de transporte e ambulâncias.

 

Ou seja, aqueles pacientes que vieram de suas cidades, por meios próprios e foram internados no município não estão contabilizados no levantamento, uma vez que a Sesau não tem controle sobre este público, já que, na maioria dos casos, eles apresentam cartões SUS como se fossem moradores de Campo Grande.

 

Nos três primeiros meses deste ano, a média de transferências por mês se manteve, sendo registrados cerca de 1.664 pacientes do interior, mensalmente. Campo Grande é referência em atendimento, dos 33 municípios que fazem parte de sua macrorregião, sendo assim dotada de leitos para atender a este público.