Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga o esquema junto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, além de Alexandre Medeiros, que foi preso em Ponta Porã (MS), outro policial civil também estava na viatura, mas conseguiu fugir, porém, foi identificado como Anderson Cesar dos Santos Gomes.
Os 500 tabletes foram deixados na casa localizada no cruzamento das ruas Izzat Bussuan e Duque de Caxias, na Vila Rosa, região norte de Dourados (MS). O local funcionava como entreposto, ou seja, servia para armazenar a droga até o envio para outros estados brasileiros.
Na casa, os policiais do DOF prenderam um homem de 37 anos, morador em Dourados, que era o responsável em vigiar a carga milionária. Ele revelou que a droga tinha chegado pela manhã na viatura da Polícia Civil de Ponta Porã, sendo que um Fiat Uno também foi apreendido na residência.
O policial civil foi preso à noite em Ponta Porã e, conforme o Gaeco, as investigações continuam para prender o outro agente envolvido no crime. A investigação ocorria há pelo menos oito meses, quando policiais rodoviários federais flagraram viatura da Polícia Civil em alta velocidade seguindo pela BR-463, de Ponta Porã para Dourados.
Segundo apurado, Anderson Gomes e Alexandre Medeiros estavam na viatura. Na viagem para Dourados, eles pegaram atalho para não passar pelo Posto Capeí, base da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-463. Houve troca de informações entre policiais da região sobre a movimentação suspeita. Na volta, a pedido da Polícia Civil em Dourados, os agentes foram abordados pelos PRFs, mas liberados para seguir viagem.
Como havia suspeita de que a viatura tivesse sido usada para trazer produto ilícito até Dourados, a Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco foram informados e começaram a investigar o esquema, culminando na apreensão da droga, que, como é pura, renderia ao menos R$ 74 mil por quilo.