Ainda conforme os dados, quem mais se machucou foram os trabalhadores do setor de atendimento hospitalar, que corresponderam a 15,2%. do total.
No ranking ainda aparece os coletores de resíduos não perigosos, com 6,32% e o setor de hipermercados e supermercados com 4,55%.
Ao longo desse tempo, 79 pessoas morreram no trabalho ou vítimas de algum tipo de acidente relacionado à profissão que executavam. O quantitativo é referente às notificações feitas ao MPT (Ministério Público do Trabalho).
Sobre as lesões mais frequentes, as fraturas, aparecem no levantamento com 18,8%, seguida de ferida ou laceração, 14,6% e contusão ou engasgamento 12,8%.
A parte do corpo mais atingida são os dedos, 19,5%. Os pés aparecem em segundo lugar como órgão mais machucado, 9% e o joelho em terceiro, com 7,84%.
Os principais motivos dos machucados são queda, veículos de transporte e motocicletas, 14,6%, 14,1% e 11,7%, respectivamente. Já quanto à faixa etária mais atingida, as mulheres ficam na casa dos 30 a 34 anos, com 2,6 mil notificações, já os homens dominam a faixa etária mais baixa, dos 18 aos 24 anos, com 4,7 mil notificações de acidentes, de 2012 a 2022.
Segundo o TRT-MS (Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul), de 2012 a 2021, foram destinados R$ 609 milhões para aposentadorias por invalidez ocasionadas por acidentes de trabalho.
Durante esse período, também foram gastos R$ 387 milhões com auxílio-doença por acidentes de trabalho no Estado. Esses dados da série histórica abrangem o período de 2012 a 2021.
Em 2023, a Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul recebeu 3.261 novos processos sobre doenças ocupacionais e 2.723 ações referentes a acidentes de trabalho.
Os dados mais recentes, de 2022, indicam que Campo Grande foi a cidade com mais notificações de acidentes de trabalho (41,3%), seguida por Dourados (10,3%) e Três Lagoas (7,04%), totalizando 10 mil acidentes e 58 mortes no estado.
Conforme o MPT, no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 8.928 acidentes de trabalho, sendo 8.678 típicos e 172 motivados por doenças ocupacionais. O estado contabilizou 55 óbitos nos últimos doze meses.