Dois adolescentes de 17 anos foram capturados ontem (2) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), após confessarem as execuções de um menino de apenas 4 anos de idade e do seu tio, que, por infelicidade, estava junto com o pai da criança, que seria o verdadeiro alvo dos pistoleiros.
Os dois menores foram presos durante buscas realizadas pela Polícia Nacional do Paraguai atrás dos assassinos da criança Iker Salinas Pana, de 4 anos, e do tio dela, Gabriel Salinas Pana, 22 anos, além de deixarem ferido o pai do menino, Eliel Salinas Pana, 25 anos, o verdadeiro alvo dos adolescentes, durante o ataque na tarde de sábado (1) por volta das 17h10 no Bairro Defensores Del Chaco.
Com essas duas mortes, o número de assassinatos na região de fronteira do Paraguai com o Brasil chega a 54 somente neste ano. No período de 1º de janeiro até o dia 1º de junho foram 11 execuções no primeiro mês deste ano, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio e 2 em junho.
O crime
Segundo a Polícia, Eliel Salinas Pana tem antecedente para um assalto com tomada de reféns ocorrido em 2015 e o verdadeiro propósito do ataque no sábado foi porque ele, supostamente, ficou com a maior parte do espólio do crime cometido no Brasil e com as participações dos dois adolescentes de 17 anos já presos e identificados como B.D.M. e W.E.D.A.
As operações de ontem foram chefiadas pelo comissário-chefe Rafael González e pelo vice-comissário Arnaldo Acosta, respectivamente. As incursões foram apoiadas pelo chefe de Prevenção e Segurança Local, comissário-chefe Silvio Cantero, bem como pelo Grupo de Operações Especiais (GEO).
A promotora de Justiça Camila Rojas endossou as operações e acusou hoje (3) os dois adolescentes presos, que se apossaram da motocicleta com a qual haviam agido, uma pistola calibre 9 mm que seria a arma do crime e três aparelhos celulares. Os dois estavam escondidos em uma casa localizada na Rua 1º de Diciembre quase esquina com a Rua General Bruguéz. Os policiais ainda investigam a participação de uma mulher conhecida como “La Nenita”, que teria passagem pela Polícia.