O mal assolou este país!

eduPor Edu Neves, empresário do setor de tecnologia da informação e Internet

Há anos ele flerta, se constrói de pequenos arranjos sutis, foi costurando princípios e justificativas, criando modus operandi, e agora opera em sua plenitude.
O governo do PT é mais decepcionante porque muitos de nós sonhávamos que ele não fazia parte de tudo isso, mas olha, ele sempre foi uma peça neste mesmo tabuleiro, nunca foi outsider.
É chegado um tempo de ser chato discutir política, esta política. Uma política de time de futebol, de agremiação, de pensamento binário bipolar.
Temos que realmente imaginar que governos e governantes não resolvem a vida de ninguém, pois acreditar nisso seria acreditar no rei bom. Aquele que vai nos salvar. Vamos entender que quando o “Estado” é grande o povo é pequeno.

O Estado Democrático é um instrumento temporário no caminhar da civilização, que ainda precisa de referência central para não sucumbir diante de sua tendência atual, individualista e autofágica. A plenitude do desenvolvimento humano não nos permite imaginar um mundo com um poder central, isso seria nos restringimos, nos castrarmos em nossa humanidade compassiva, que é nossa origem. O ser humano busca essa harmonia de forma insensata desde seu nascimento, mas se perde com facilidade quando começa a jogar em tabuleiros já montados.

Nosso futuro é operar em micro organização e operação em rede. As comunidades menores tem mais condições de serem inclusivas, de serem participativas, de terem escuta. A partir daí consegue navegar e buscar conexões que façam sentido a seus projetos.

Enquanto isso não chega, pois realmente acredito que chegará, mesmo que eu não viva para ver, temos que criar mecanismos que pelo menos minimizem a solidificação de um Estado monolítico: – rotação do poder – independência entre poderes – participação da população nos planos de governo – responsabilidade com as contas públicas -…

Ah… isso tudo já existe na lei? … Então, o que está ocorrendo agora não é parâmetro para discussão política: é crime. Aliás, trocar o termo “público” por “coletivo” seria um bom começo: – Administração coletiva – transporte coletivo – homem coletivo – poder coletivo Um governo não tem que representar ninguém, tem que trabalhar pela coletividade. O Estado só tem uma bandeira, a do Brasil, um governo não pode usurpá-la.