A advogada Laura Casuso, que defende o traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, fez algumas “ameaças” à Justiça do Paraguai, onde está preso o cliente dela, para evitar que ele seja extraditado ao Brasil após cumprir a pena no país vizinho no fim deste ano.
Ela garantiu à Justiça do Paraguai que, caso o cliente dela seja extraditado, vai “morrer nas prisões do Brasil”. Além disso, ela ameaça que, antes de a extradição ser cumprida, Pavão revelará informações importantes sobre o Governo do Paraguai.
Na opinião do juiz paraguaio Lici Sánchez, que autorizou o terceiro pedido de extradição feito pelo governo brasileiro, a defesa de Jarvis Pvão não terá sucesso na ação de anulação da extradição. “É uma causa de absoluta nulidade”, disse.
A advogada Laura Casuso também acusou a Polícia Nacional do Paraguai de impedir o seu cliente de falar com a imprensa porque, segundo ela, pedem uma ordem judicial, uma vez que Pavão está preso no Grupo Especializado, em Assunção, capital do Paraguai. “Ele não precisa de outra autorização além da concedida pelo responsável pelo local”, garantiu.
Na opinião dela, as autoridades paraguaias “não querem que ele fale”, uma vez que Pavão está a poucos meses de sua extradição e ela presume que o Governo teme que o traficante diga o que sabe. “Eles têm a noção equivocada de que, se o enviarem para a extradição, ele vai ficar calado, mas a imprensa terá toda a documentação sobre as informações que Pavão tem”, advertiu.
A advogada disse que Jarvis Pavão tem sua família no Paraguai, seus filhos nasceram no Paraguai e, então, trata-se de um cidadão paraguaio que está sendo enviado para morrer nas prisões brasileiras. Supostamente, um alto comando disse a ela, segundo dados de seus colegas brasileiros, que o traficante não duraria mais de seis meses em uma prisão brasileira.
“O Estado paraguaio, por capricho de alguns, enviará um cidadão paraguaio, violando todos os seus direitos. Eles vão mandá-lo para morrer”, reiterou Laura Casuso, explicando que tem informações de que “o Estado paraguaio cometeu execuções e eu tenho documentos para comprovar”. Ela disse que esses documentos estão protegidos porque o cliente dela foi ameaçado de morte quando Francisco de Vargas era ministro do Interior. “Não seria estranho que eles desejam fazer o meu cliente desaparecer”, finalizou.