O curso de Medicina é o preferido pelos brasileiros em virtude do status e do retorno financeiro que essa atividade proporciona no País. Porém, nas faculdades localizadas na fronteira do Paraguaia com Mato Grosso do Sul o nível dos acadêmicos é outro.
Dia sim e outro também tem sempre um estudante de Medicina dos cursos oferecidos na fronteira envolvido com o ilícito, seja por tráfico de drogas e de armas (o mais comum), seja por homicídios (vítima ou autor) ou seja pelos mais variados tipos de violência.
Para não quebrar o círculo vicioso, na manhã de ontem (15), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), o brasileiro Ramão Ferreira Bomfim foi acusado pela ex-namorada, também brasileira e estudante de Medicina, de incendiar veículo dela por ciúmes.
Segundo a acadêmica de Medicina, o ex-namorado, por volta das 8h45 de ontem, teria passado pela Rua Julia Maria Cueto de Estigarribia, onde se encontrava estacionado o veículo dela, e jogado gasolina, ateando fogo no automóvel logo em seguida.
Por sorte da garota, os populares que estavam no local conseguiram controlar o incêndio rapidamente, causando poucos prejuízos materiais ao veículo. A estudante de Medicina foi encaminhada à Polícia, onde identificou o ex-namorado como autor da tentativa criminosa.
Ela explicou que a situação foi provocada depois que o ex-namorado enviou para o celular dela uma foto onde ele aparecia com uma outra garota, que seria sua nova companheira. Para dar o troco, ela fez o mesmo, situação que teria tirado Ramão Bomfim do sério e, para se vingar, ateou fogo no carro da ex-namorada.
O caso e investigado pelos investigadores da Direção de Investigações de Casos Puníveis da Polícia Nacional do Paraguai em Pedro Juan Caballero, que deverá solicitar apoio aos investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Ponta Porã para localizar o paradeiro de Ramão Bomfim na cidade brasileira.