O botijão de gás de cozinha de 13 quilos, utilizado amplamente em diversas residências de Mato Grosso do Sul, sofreu um aumento de 20% e, com isso, já pode chegar a R$ 150,00. De acordo com a Simpergasc-MS (Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares de Mato Grosso do Sul), há uma série de fatores que impulsionaram essa mudança.
A principal causa desse aumento é a mudança na dinâmica do modelo de precificação promovido pela Petrobras, com ajustes mensais nos preços realizados por meio de leilões desde novembro de 2024. Essa alteração na política de precificação da estatal tem refletido diretamente nos preços pagos pelas distribuidoras e, consequentemente, no valor final pago pelo consumidor.
A mudança no modelo de precificação tem levado ao aumento dos custos de aquisição do GLP pelas distribuidoras, o que, somado à alta do dólar nos últimos meses, resultou em um impacto considerável sobre o preço final do produto que, hoje, varia entre R$ 115,00 e R$ 125,00.
Conforme a Simpergasc-MS, os revendedores, por sua vez, têm expressado insatisfação com a disparada nos preços pagos às distribuidoras, o que torna cada vez mais difícil garantir a margem de lucro adequada, considerando o aumento nos custos operacionais, principalmente relacionados à distribuição.
Além disso, o aumento dos custos logísticos nos últimos oito meses também tem pressionado as empresas, tornando o cenário ainda mais desafiador. O sindicato completou que o aumento leva em consideração diversos fatores e, infelizmente, este é o cenário atual.
Em resumo, a combinação da alteração na política de precificação da Petrobras, a alta do dólar e o aumento nos custos logísticos impõem uma pressão considerável sobre os preços do GLP em Mato Grosso do Sul, sendo que o último aumento registrado ocorreu há menos de uma semana, no último dia 14 de março.
A Copa Energia, distribuidora de GLP, emitiu um comunicado informando que o gás terá reajuste de R$ 0,63 no botijão de 13 quilos, equivalente para as novas embalagens. O aviso explicou que o reajuste considera o novo modelo de comercialização de GLP através do leilão adotado pela Petrobras, conforme o edital 02.2024.
Contudo, a Copa Energia informou que absorverá parte do custo para minimizar os impactos. A empresa é a maior distribuidora das marcas Copagaz e Liquigás. “Outras distribuidoras devem seguir o mesmo caminho, porque, segundo o que consta no comunicado, é devido à nova forma de adquirir o petróleo. Ninguém teve tempo de repor o estoque, então, vai impactar na vida das pessoas”, explicou o Simpergasc-MS.
Na última pesquisa do Procon-CG, a média de preço do gás de cozinha variava de R$ 95 a R$ 115, em baixa. Em outubro de 2023, o valor do botijão de 13 kg chegava a R$ 130. O novo reajuste deve favorecer o aumento no produto, que pode variar de R$ 110 a R$ 140 em Mato Grosso do Sul. Com informações do site Midiamax