A permanência do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, à frente da Presidência Estadual do PP estão insustentável. A briga entre ele e os demais integrantes da legenda tem provocado constantes visitas de parlamentares do partido no Estado ao presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira, em Brasília (DF).
Para Bernal, o interesse dos deputados Gerson Claro, Evander Vendramini e vereadores Cazuza e Valdir Gomes não é apenas tomar a presidência do partido, mas também “vender” a sigla. “Eles querem negociar o partido e o PP não está à venda”, afirmou ele ao se referir às eleições municipais de 2020, em especial para a Prefeitura de Campo Grande.
O ex-prefeito acredita que os parlamentares querem fazer parceria com o prefeito Marcos Trad (PSD). “Marquinhos já fechou com o PSDB, fechou com Odilon (juiz federal aposentado). Ele (Marcos Trad) quer ser candidato único, mas ele terá uma surpresa, vamos lançar um nome forte”, ameaçou.
Bernal anunciou que convocará reunião com os partidários. “Vou convocar os nobres parlamentares essa semana, vou ter uma conversa franca com eles. Vou convidar os queridos parlamentares para ouvir a insatisfação deles”, disse Bernal.
Após a ida de Vendramini e de Cazuza a Brasília, durante convenção nacional do PP, Bernal enviou mensagem em grupo de WhatsApp declarando que os parlamentares eram “traiçoeiros”.
O ex-prefeito chegou a pedir para que Vendramini saísse do partido. “Olha, tchau seus ingratos, mal-agradecidos, bando de oportunistas aproveitadores. Não apareçam na minha frente, por favor, não me responsabilizo pelas minhas atitudes. Apoiaram adversários BV (inexperientes) em todas as campanhas, seus M**”, dizia parte da conversa no grupo dos partidários.