Dia sim e outro também a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), dá sinais claros de que não tem capacidade para administrar a cidade. A última da “alcaide mais fraca do Brasil” foi destinar R$ 100 mil para um filme musical com temática LGBTQIPN+ ao invés de fornecer sondas para alimentação de pacientes.
O caso das sondas já virou alvo do MPE (Ministério Público Estadual), por meio de um inquérito civil, cujo objeto da apuração é a falha no fornecimento de bottons de gastrostomia, um tipo de sonda essencial para a alimentação de pacientes que não conseguem se alimentar pela boca.
A investigação foi aberta após a denúncia de uma mãe, mas revelou um problema coletivo que afeta 199 pacientes cadastrados no programa. Enquanto isso, o Diogrande (Diário Oficial do Município) trouxe, neste mês, que a prefeita Adriane Lopes vai aplicar R$ 100 mil em uma produção audiovisual com temática LGBTQIPN+.
Trata-se da ”6ª Edição do Cinema da Boca: Mostra Musical LGBTQIPN+”, cujo termo de repasse foi assinado, com aval de Adriane Lopes, pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura, Valdir Gomes, pelo secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Youssif Domingos, e pelo produtor do musical.
Além disso, a gestora da Capital também é alvo de outras críticas. Entre elas a falta de leitos hospitalares na cidade, ruas esburacadas; alocação de apaniguados políticos em secretaria criada especialmente para isso, entre outros problemas. Até a destinação de emendas de vereadores para entidades filantrópicas chegou a ser cortada.
REMÉDIOS
Os fornecedores de medicamentos para a Prefeitura de Campo Grande estão justificando a falta de remédios devido ao calote por parte da administração da prefeita Adriane Lopes (PP).
Conforme o site Vox MS, os mesmos medicamentos que faltam nas unidades de saúde podem ser adquiridos a qualquer tempo nas farmácias, o que evidencia que não há problema algum relacionado à falta de insumos nas indústrias.
Processos licitatórios declarados desertos – que ocorrem quando nenhum fornecedor participa dos pregões –, assim como a retenção de medicamentos pelas distribuidoras até que pagamentos em atraso sejam quitados, são os principais reflexos desse calote.
O Vox MS ouviu três fornecedores, um deles com pagamentos em atraso desde o ano passado e com crédito em torno de R$ 800 mil com o município. Eles pediram para não serem identificados, com receio de represálias por parte da prefeitura, e confirmaram as pendências financeiras.
Na quinta-feira (26), um deles conseguiu receber parte do crédito, com a promessa de quitação dos demais débitos até a próxima semana. Caso o município cumpra com o combinado, parte dos medicamentos já vendidos será entregue à prefeitura na primeira quinzena de julho.
Balanço do estoque
Na segunda-feira (23), durante audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, a superintendente da Rede de Atenção à Saúde da Sesau, Ana Paula Rezende, fez um balanço a respeito do estoque de medicamentos destinados aos pacientes acolhidos pela Rede de Atendimento Psicossocial.
Ela indicou quais medicamentos estão em falta e fez previsões sobre quando o estoque de cada um deles estará regularizado. O problema é que a solução não depende dela, mas sim da Secretaria de Finanças do Município (Sefin), a quem cabe liberar o dinheiro para o pagamento dos fornecedores.
Além disso, a falta de remédios não é localizada, não se restringe apenas à Rede de Atendimento Psicossocial, e afeta todas as unidades de saúde municipais. Pacientes que buscam nas unidades de saúde determinados medicamentos são obrigados a tirar dinheiro do bolso para atender o receituário médico.
É o caso do Valproato de Sódio – ácido valproico – de 500 mg (usado para tratamento da epilepsia), que custa cerca de R$ 60,00 nas farmácias da cidade. No sábado (28), o Vox MS teve acesso à lista dos medicamentos em falta nas unidades de saúde da Rede de Atendimento Psicossocial.
Da listagem de 23 fármacos, 9 estão em falta, o equivalente a 40% dos rótulos destinados a pacientes atendidos pela rede. No site da prefeitura, onde consta a relação dos medicamentos distribuídos na rede pública, é possível perceber que os estoques estão bastante reduzidos e, em alguns casos, zerados.
Mesmo assim, não dá para confiar se a relação é fidedigna, já que mesmo medicamentos que segundo Ana Paula Rezende estão em falta, aparecem como se constasse do estoque da Sesau. É o caso do Biperideno, cujo pregão foi concluído no dia 24 de maio, conforme informou Ana Paula na audiência pública.
A Sesau aguarda agora a entrega do fármaco, pelo fornecedor, para regularizar o estoque. Nessa mesma situação estão fármacos como o Carbonato de Lítio 300 mg, Diazepam 5 mg, Fenitoína, Fenobarbital e outros.