Pesquisa feita pela CarbonPlan, uma organização sem fins lucrativos que desenvolve dados climáticos publicamente disponíveis, em parceria com o The Washington Post produziu previsões sobre a frequência com que pessoas em quase 15.500 cidades espalhadas pelo mundo enfrentariam um calor tão intenso que poderiam adoecer rapidamente — no curto prazo e também nas próximas décadas.
No Brasil, o estudo da CarbonPlan/The Washington Post apontou as cidades de Manaus (AM), Belém (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Teresina (PI), São Luís (MA), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MS).
Nessas cidades, os picos de calor deverão se tornar comuns em um futuro próximo, a ponto de um estudo indicar que Belém terá quase sete meses de temperaturas extremas até 2050, enquanto Campo Grande terá 39 dias, Cuiabá terá 168 dias e Goiânia terá seis dias.
A análise leva em consideração a temperatura do ar, a umidade, a radiação e a velocidade do vento. Foi usada como ponto de partida para determinar um “calor extremamente arriscado” para a saúde humana a temperatura de 32ºC. Na previsão, estima-se que, até 2030, mais de 2 bilhões de pessoas estarão expostas a um mês inteiro de temperaturas médias acima de 32 °C.
Já até 2050, mais de 5 bilhões de pessoas — provavelmente mais da metade da população do planeta— estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo, que ameaça a saúde em caso de exposição ao sol. Nesse contexto, adultos saudáveis que praticam atividades ao ar livre podem sofrer com estresse térmico.