“Musa do Fumo”! Senadora coloca sob suspeita decisão da Anvisa de proibir cigarros eletrônicos

Conhecida nos corredores do Senado Federal como “Musa do Fumo”, em razão de defender com unhas e presas a liberação do cigarro eletrônico no Brasil, a senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke colocou sob suspeita a decisão soberana da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de manter a proibição do produto por fazer mal à saúde das pessoas.

O “estranho” e “repentino” interesse de fazer lobby para a indústria do tabaco transformou a parlamentar em especialista na área de saúde a ponto de colocar em xeque uma decisão do mais importante órgão de vigilância sanitária do País, que tem em seus quadros inúmeros profissionais capacitados ao contrário de Soraya Thronicke que é advogada e sem especialização em saúde.

No entanto, bastou a “nobre” senadora manter reuniões com magnatas da indústria do tabaco e até viajar para o Japão a convite desse setor que movimenta bilhões de dólares por ano para sair em defesa da regulamentação do cigarro eletrônico.

Em sua defesa, a parlamentar tem alegado que, ao regulamentar o produto, o governo brasileiro terá conhecimento sobre que tipo de substância o usuário consome, enquanto atualmente, devido ao fato de a mercadoria ser contrabandeada, não é possível fazer tal controle.

”A Anvisa oferece ao povo brasileiro o que há de pior no consumo da nicotina!’, lamentou Soraya Thronicke, destacando que a decisão da Anvisa só beneficia o crime organizado e vai na contramão da maioria dos países desenvolvidos.

A senadora comentou que a decisão do órgão de manter a proibição do cigarro eletrônico se deu de forma unânime, o que gera estranheza para ela. “O que nos causa ‘espécie’ é mais uma decisão unânime! Tudo tem sido unânime na Anvisa! É muita coincidência!’’, postou em suas redes sociais.

Ela ainda acrescentou que, “de repente a CPI {Comissão Parlamentar de Inquérito} poderá esclarecer tantas questões”, dando um tom de ameaça à Anvisa. No entanto, a parlamentar esqueceu de verificar com mais atenção os motivos dados pela Agência para manter a proibição, ou seja, de que o produto é milhares de vezes mais cancerígeno que o cigarro tradicional.

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