Pelo menos nove condenados brasileiros e paraguaios membros da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) e do clã Rotela foram mortos e decapitados durante rebelião ocorrida ontem (16) dentro da Penitenciária Regional de San Pedro de Ycuamandyyú. De acordo com as autoridades paraguaias, cinco presos foram queimados vivos, três a tiros e um foi vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Na Penitenciária de Tacumbú, em Assunção, capital do Paraguai, também teve uma revolta, mas sem mortes. Em San Pedro, a rebelião começou, por volta das 12 horas, durante a visita dos parentes dos 508 detentos que estavam celebrando o Dia dos Pais.
De acordo com os dados, o problema começou depois que um grupo de membros presos do clã Rotela derrubaram um portão dentro de um pavilhão em um desafio aberto aos membros do PCC, que por sua vez responderam ao desafio com duas armas e dezenas de adagas que aparentemente já tinham sido preparadas há vários dias.
Os membros do clã Rotela são na sua maioria condenados traficante de drogas que obedecem às ordens Armando Javier Rotela Ayala, de 37 anos, que até ontem estava preso na Penitenciária Nacional de Tacumbú. O PCC, entretanto, conseguiu obter armas de fogo por visitantes como parte de um plano de vingança de recentes assassinatos de seus cúmplices que ocorreram em Tacumbú.
No início do confronto, centenas de visitantes, incluindo crianças e mulheres grávidas, tiveram de ser dispensadas e buscaram refúgio nas celas, onde assistiram ao embate. Testemunhas disseram que o PCC assumiu o controle da prisão em segundos, atacando a tiros o grupo rival e causando pelo menos 15 feridos, um dos quais morreu mais tarde.
Em seguida, eles capturaram cinco condenados do clã Rotela, que foram decapitados e as suas cabeças jogadas no pátio do presídio. Finalmente, eles foram queimados em uma cela com outros três.e