Levantamento da Serasa Experian trouxe um dado preocupante para a economia de Mato Grosso do Sul. Quase metade da população adulta do Estado, ou seja, 1.057.788 de pessoas, está com alguma dívida em atraso, o que resulta em um montante de R$ 5,86 bilhões.
O volume de inadimplentes de Mato Grosso do Sul chega a 49,42%, tornando o Estado o 7º no Brasil em volume da proporcional da população economicamente ativa com dívidas em atraso. Para efeito de comparação, são 2,13 milhões as pessoas economicamente ativas no Estado, número que não considera crianças e outras pessoas civilmente incapazes.
Em termos proporcionais, a situação em Campo Grande é aparentemente mais grave porque o volume de inadimplentes chega a 409.805, com uma dívida somada de R$ 2,62 bilhões. A cidade tem 897 mil moradores, entre economicamente ativos e os que não se inserem neste grupo.
Essa dimensão é possível ter quando se compara o valor médio da dívida de cada cidadão em cada plano de comparação, o chamado “ticket médio”. No Brasil, o ticket médio de dívidas por inadimplente é de R$ 5.306,27, já em Mato Grosso do Sul é ligeiramente maior: R$ 5.545,29.
Em Campo Grande, por sua vez, o valor médio da dívida por inadimplente salta para R$ 6.403,92. Em Mato Grosso do Sul, a maioria das dívidas em atraso é com instituições bancárias e com cartões de crédito: 32,25% do total, depois estão as dívidas com as financeiras, aquelas empresas que oferecem empréstimos fáceis, com poucas garantias, representando 17,72%.
Serviço (14,99%) e varejo (14,82%) são os terceiros e quarto colocados quando o assunto é origem das dívidas em Mato Grosso do Sul. Por último, aparecem as companhias de telefonia e internet (3,84%) e as securitizadoras (compradoras de dívidas), com 1,55% do total dos contratos não adimplidos.