Levantamento revelou que Mato Grosso do Sul é a unidade federativa brasileira que mais investe em programas sociais, considerando o valor gasto por habitante, e é também o que tem a maior bolsa assistencial do País, uma pauta geralmente defendida por políticos mais à esquerda.
Em 2024, o Estado investiu R$ 451.186.425,57 em programas sociais, somando-se o Mais Social, o Conta de Luz Zero, o Cuidar de Quem Cuida e o Supera MS. Do total, R$ 273.965.723,64 foram destinados somente ao Mais Social, auxílio financeiro sul-mato-grossense.
À reportagem, o Governo do Estado afirmou que 38.715 famílias foram contempladas com o benefício de R$ 450 no mês passado, que é o maior dos programas sociais estaduais. Ainda, foi investido R$ 145.598.637,26 no Conta de Luz Zero, R$ 21.796.989,44 no Supera MS, e R$ 9.825.075,23 no Cuidar de Quem Cuida.
Ao considerar o valor total investido e a população de Mato Grosso do Sul, que é de 2.757.013 habitantes, o gasto per capita do Estado é o primeiro do País, R$ 163,6 por pessoa, maior do que os de outros estados analisados, como São Paulo, Ceará e Amazonas.
Esse tipo de benefício foi implantado com a intenção de atingir a população mais pobre do País e de contribuir para a distribuição de renda e melhora das condições alimentares dos mais necessitados. Nacionalmente, esses programas tiveram, recentemente, um importante resultado.
A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) anunciou na segunda-feira que o Brasil saiu do mapa da fome. O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o País abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.
Segundo o governo federal, a conquista “foi alcançada em apenas dois anos, tendo em vista que 2022 foi um período considerado crítico para a fome no Brasil”. Se por um lado os programas auxiliam os mais carentes, o número de vagas de empregos em aberto também abre o debate sobre aqueles que são beneficiados e ficam usando de “muleta” os auxílios governamentais.
De acordo com a cartilha Observatório do Trabalho de MS de maio, 691.203 sul-mato-grossenses estão empregados, com o setor de serviços e o de comércio responsáveis por 61,6% desse total de trabalhadores formais ativos. Esse documento é assinado pelo governo do Estado.
“Mato Grosso do Sul está com um saldo positivo de empregos formais, de acordo com os dados do Novo Caged. O estado registrou 414.067 admissões e 400.530 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 13.537 empregos formais nos 12 meses [maio de 2024 a maio de 2025]”, diz trecho do documento.
À reportagem, a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) informou que há 3.635 vagas abertas, com 626 somente em Campo Grande e as demais espalhadas em 35 municípios. Ainda informou que há 2.280.000 sul-mato-grossenses com idade apta a trabalhar, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do primeiro trimestre deste ano.