O MPE (Ministério Público Estadual) cobrou explicações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre a fila de 2,8 mil pessoas para consulta em cardiologia e possíveis falhas em atendimentos a diabéticos pela falta de médicos endocrinologistas.
O órgão de fiscalização entrou no assunto após instauração de notícia de fato que apontava para uma demanda reprimida, principalmente voltada para consultas especializadas em cardiologia adulto, após um idoso de 73 anos comunicar ao Ministério o caso enfrentado por sua esposa.
Enfrentando risco de complicações cardiovasculares decorrentes de um problema ocular, a paciente em questão buscou uma ótica para tratar um problema de visão, providenciando de começo duas lentes corretivas.
Passado um mês do uso da primeira lente e começo da segunda, a mulher apresentou uma piora e chegou a perder cerca de 90% da visão do olho direito, sendo constatada necessidade de cirurgia após diagnóstico de um derrame na veia ocular.
Conforme a Sesau sobre o caso, a solicitação em questão foi feita em 5 de maio deste ano, sendo agendada para 29 de julho, gerando quase três meses de espera. Ainda, conforme exposto pela Pasta, a demanda na época girava em torno de 2,7 mil pacientes na fila de espera pelo mesmo procedimento, sendo uma média de 596 vagas mensais.
Deixando claro a falta de vagas suficientes para atender toda a demanda existente, a Sesau ainda destacou que “antecipar consultas” não costuma fazer parte da rotina de trabalho.