Mirabolante! MPE e PF procuram empresários que teriam perdido malote de propina em “roubo armado”

Uma operação movimentou a Polícia Federal e o Ministério Público Estadual na manhã dessa sexta-feira em Campo Grande e em Aquidauana.

As equipes estavam procurando o  empresário Ademir José Catafesta, o filho dele, Lucas Medeiros e uma outra pessoa de nome David Clock, para deporem coercitivamente.

Apesar de não estar confirmado ainda o caso está relacionado ao roubo de um malote que continha R$ 300 mil reais num suposto esquema mirabolante de recebimento de propina seguido de um assalto cinematográfico.

Os três não foram encontrados.

O Promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, que é integrante do Grupo Especial de Combate à Corrupção, além de atuar na 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, acompanhou a ação da Polícia Federal que esteve em vários endereços na manhã dessa sexta-feira em Campo Grande e Aquidauana.

A história

Ademir e Lucas foram abordados no dia 27/11, próximo à Colonia Jamic na rodovia BR-262, quando foram roubados o automóvel, o malote de dinheiro que transportavam e também o celular de Ademir Catafesta, que só registrou o roubo no dia seguinte e declarou que foram levados apenas R$9 mil reais, valor muito abaixo do que transportava, que segundo os assaltantes seria mais de R$ 300 mil reais.

A história se transformou em um esquema mirabolante quando os assaltantes foram presos, e o líder deles, o laranja Luiz Carlos Vareiro, revelou diversos detalhes, inclusive que Rodrigo Azambuja, o filho do Governador do Estado, teria encomendado o roubo e dado orientações sobre a forma como os ladrões deveriam agir, desde a compra de um revólver no Camelódromo, até os detalhes sobre o local onde foi realizado o pagamento da propina, que inicialmente seria entregue ao próprio José Ricardo Guitti Guimaro.

Mas uma mudança de planos fez com que Ademir Catafesta e seu filho Lucas Medeiros substituíssem Polaco na hora de receber o dinheiro. Como os ladrões já sabiam para onde eles iam, bastou segui-los pela rodovia, até que aparecesse o momento certo para realizar o roubo.

Somente um dia depois do roubo é que Ademir Catafesta resolveu registrar uma ocorrência e declarou que chegou a ter certeza que seria morto durante o assalto, porém não declarou o valor exato que ele transportava.

Resta saber agora onde estão Ademir Catafesta e o filho dele Lucas Medeiros?

Onde está José Ricardo Guitti Guimaro,  o “Polaco”?

E o advogado Rodrigo Azambuja acusado de ser o mandante de tudo isso, já falou com as autoridades? O que ele tem a dizer sobre os detalhes que o envolvem nesse caso?

É para que existem muitas perguntas para serem respondidas e muitas respostas sendo escondidas.

 

Entenda o caso no link abaixo:

Parte de propina em esquema “mirabolante” teria sido paga em estacionamento de supermercado