O Ministério Público do Paraguai pediu ordem de captura para a médica obstetra Cláudia Raquel Echeguren, que seria a responsável pela clínica estética onde a jovem Sheyza Ayala aplicou hidrogel e morreu dias depois em Ponta Porã. A clínica, supostamente clandestina, fica em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
O promotor de Justiça Pablo Zorrilla explicou que a investigação por homicídio culposo foi aberto de ofício, ou seja, sem que a Polícia ou qualquer outro órgão ou cidadão fizesse alguma denúncia. Ele disse que o MP pediu a ordem de captura para Cláudia, já que até agora ela não se manifestou. Também promete apurar se o local onde o hidrogel foi aplicado é uma clínica ou uma casa usada para os procedimentos.
O MP do Paraguai vai buscar a ficha de atendimento de Sheyza no hospital em que ela faleceu no dia 17 de setembro, vítima de embolia pulmonar, parada cardíaca e hemorragia. A mesma investigação vai recair sobre a kinesiologista (profissional que promove o estudo dos movimentos e músculos) Danilda Victoria Ruiz Díaz. Ela já foi investigada por homicídio culposo em um caso semelhante ao de Sheyza, em 2019 e teria sido proibida de exercer a profissão.
Na tarde de ontem (21), membros do MP estiveram no local onde funcionava a clínica da obstetra Cláudia Raquel Echeguren Chávez, que está foragida. Eles encontraram macas, uma cânula usada em lipoaspiração, medicamentos e produtos estéticos. A ajudante da obstetra identificada como Danilda Ruís Diaz também não foi localizada e é considerada foragida.
As duas mantinham na casa que foi alvo da batida policial uma clínica clandestina onde os procedimentos médicos e estéticos eram realizados. O contrato de locação do imóvel está em nome de Cláudia. Dados das autoridades paraguaia também revelam que Danilda já foi investigada por um caso semelhante em 2019, quando foi acusada de homicídio culposo.
Neste caso, a audiência já está agendada para o dia 20 de novembro. Além de Danilda, o Ministério Público deve denunciar também Claudia Raquel Echeguren Chave, que podem responder por homicídio culposo. O responsável pela investigação encaminhará ao Ministério da Saúde os antecedentes das profissionais para que os registro profissionais das duas sejam cassados.
Começo deste mês a estudante Sheiza Ayala, passou por um procedimento estético na clínica clandestina e depois de voltar para casa em Ponta Porã ele apresentou problemas de saúde com dores e dificuldade de respirar. Levada em estado grave no Hospital Regional de Ponta Porã ela morreu na semana passada.
A estudante tinha passado por procedimento para aplicação de hidrogel. O produto é usado para preenchimento e para aumentar de volume em regiões como glúteos e coxas.