Metade da população de MS que ultrapassa 1 milhão de pessoas está com o nome sujo na Serasa

Dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa revelam que até julho deste ano 56.904 novos nomes foram negativados em Mato Grosso do Sul, o que totaliza 1,096 milhão de inadimplentes neste ano.

Na prática, em comparação a dezembro de 2023, o aumento foi de quase 5,47% – superando a média nacional, que registrou elevação de apenas 1,34%. Com um total de 2.138.342 adultos economicamente ativos em Mato Grosso do Sul, mais que a metade (50,97%) enfrenta algum tipo de restrição, totalizando 1.096.215 de Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) negativados até julho.

Conforme a Serasa, no comparativo anual, o crescimento foi de 4,88% em relação aos 1,045 milhão de nomes sujos registrados em julho de 2023. Segundo o levantamento, o valor médio das dívidas por inadimplente é de R$ 5.820, enquanto o total devido em MS chega a R$ 6,381 bilhões.

De acordo com informações da Serasa, o cartão de crédito continua sendo o principal responsável pela inadimplência, representando 30,40% das dívidas até julho em Mato Grosso do Sul.

Em segundo lugar estão os serviços, com 17,86%, seguidos pelas financeiras, que somam 17,38%. O varejo ocupa a quarta posição, com 13,11% das dívidas. As contas básicas, como água, energia elétrica e gás, correspondem a 12% das pendências registradas em julho.

Além disso, a pesquisa da Serasa indica que os bancos e os cartões também são os maiores responsáveis pelas dívidas pendentes no Brasil, com um total de 28,44%. Na sequência vêm as contas básicas (21,85%), as instituições financeiras (17,81%) e os serviços (12,09%).

Thiago Ramos, gerente da Serasa, destaca que a inadimplência impede o acesso a créditos, empréstimos e financiamentos imobiliários ou de veículos.

“Pesquisas mostram que a inadimplência afeta a autoestima e aumenta a ansiedade e a depressão. O estudo revela que 45% das pessoas que quitaram suas dívidas acreditam que poderão realizar sonhos de consumo neste ano, enquanto entre aqueles que ainda estão inadimplentes esse número cai para 28%”, esclarece. Com informações do Correio do Estado