Mesmo preso, narcotraficante Jarvis Pavão acumulou fortuna de R$ 302 milhões. Não é brincadeira!

No âmbito da 3ª fase da “Operação Povo Real”, deflagrada ontem (22) pela Polícia Federal contra organização criminosa chefiada pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, 60 anos, que está preso há mais de uma década, foi revelado que o criminoso acumulou nesse período uma fortuna avaliada em mais de R$ 300 milhões.

 

Nascido em Ponta Porã (MS), ele é um dos maiores traficantes de drogas do Paraguai, onde transitava e, mesmo estando atualmente preso no Brasil, mantém negócios ilegais desde 1990. Por tráfico e lavagem de dinheiro, ele já foi sentenciado a 60 anos de prisão.

 

Pavão teve, nos últimos anos, parte do patrimônio de R$ 300 milhões confiscada, sendo que entre seus bens há carros luxuosos, empresas, imóveis, propriedade rural e gado. Ele surge como emergente traficante há três décadas junto com o também brasileiro Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, outro encarcerado, e Jorge Toumani Rafaat, assassinado em junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã.

 

Na época do crime, Pavão, que estava preso no Paraguai, foi apontado e investigado como um dos mandantes. Depois de cumprir oito anos de prisão no Paraguai ele foi extraditado para o Brasil, onde, em dezembro de 2017, foi levado para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia, mas, por motivos de segurança, acabou sendo transferido para o Presídio Federal de Brasília, no Distrito Federal.

 

Na operação desta terça-feira, os investigadores cumpriram 16 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de 16 veículos e 66 imóveis escriturados em nome do grupo criminoso. A ação policial, em Mato Grosso do Sul, ocorreu em Ponta Porã, sendo que também teve ramificações pela Bahia, Distrito Federal e Santa Catarina.

 

Em fevereiro do ano passado, em uma das fazendas de Pavão, em território paraguaio, a polícia apreendeu mais de uma tonelada de cocaína e prendeu 13 homens que lá trabalhavam, além de uma aeronave. Depois, a Justiça do Paraguai determinou o leilão dos animais criados por lá, em torno de 400 cabeças de gado.