O juiz Gustavo Amarilla rechaçou, na manhã desta terça-feira (10), o pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa do ex-craque do Barcelona e da Seleção Brasileira, Ronaldinho Gaúcho, e do seu irmão, Roberto de Assis Moreira, que estão detidos desde o dia 6 de março na Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção.
Ele alegou que faltam documentos necessários sobre o imóvel colocado como garantia, avaliado em US$ 800 mil e que está localizada na Rua Itá Enranada, no Bairro Lambaré, na capital do Paraguai.
Mais cedo, o Ministério Público do Paraguai também se posicionou contrário à concessão de prisão domiciliar ao ex-jogador e ao irmão dele porque ambos não têm nenhum laço no país vizinho e o risco de fuga seria eminente. Além disso, completou o MP, o valor do imóvel não é suficiente para garantir que Ronaldinho permaneça no país, levando em consideração a fortuna que o ex-jogador tem.
MAIS GENTE PRESA
O promotor de Justiça Federico Delfino confirmou, nesta terça-feira (10), que foram presos três funcionários do Dinac (Departamento Nacional de Aviação do Paraguai) e do Departamento de Imigração do país vizinho por terem permitido a entrada do empresário Wilmondes Sousa Lira, do ex-craque do Barcelona e da Seleção Brasileira, Ronaldinho Gaúcho, e do seu irmão, Roberto de Assis Moreira, com passaportes e carteiras de identidades falsos.
Esses novos suspeitos presos somados com o outro funcionário da Dinac que já tinha sido detido eleva para quatro o número de prestadores de serviços públicos já retirados de circulação por envolvimento com o caso. Um dos suspeitos já tinha trabalhado com Jorge Rodrigo Villanueva Torales, 35 anos, que tinha sido detido primeiro pelo mesmo motivo.
Os presos nesta terça-feira são os mesmos que deixaram Ronaldinho e seu irmão entrarem no Paraguai no dia 4 de março com passaportes e identidades falsos. Além disso, conforme o promotor de Justiça, está sendo procurada pela Polícia uma outra pessoa que seria a peça-chave na adulteração dos documentos.
Ele informou ainda que María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero também estão presas porque foram elas quem intermediaram a produção dos documentos falsos. “Elas entregaram os seus documentos verdadeiros para essa terceira pessoa que está sendo procurado pela Polícia pudesse fazer a falsificação”, informou.
Além do falsificador, a Polícia Nacional do Paraguai também está à procura da empresária Dalia López, que contratou Ronaldinho Gaúcho para um evento em Assunção. Os advogados dela adiantaram que ela só vai se apresentar quando o juiz a convocar para uma audiência.