Mesmo com estiagem prolongada, abastecimento de água na Capital é garantido com poços profundos

A Águas Guariroba garantiu que, apesar de o município estar sem chuva forte há mais de dois meses, o abastecimento de água potável não será interrompido para os moradores.

Segundo a concessionária, que é a responsável pela distribuição de água tratada na Capital, a manutenção do abastecimento é graças às soluções operacionais tomadas há quatro anos, como a perfuração de dezenas de poços artesianos, que garantiram um acréscimo de um milhão de litros de água por hora à rede.

A Águas Guariroba completou que metade da água consumida em Campo Grande é de captação fluvial, sendo que 40% vem do Córrego Guariroba e 13% do Córrego Lageado. Outros 47% da demanda são originários de 157 poços profundos, sendo que 14 deles captam o recurso natural diretamente do Aquífero Guarani.

A empresa deu uma guinada em sua estratégia de suprimento de água em Campo Grande a partir da segunda metade da década passada, por causa do aumento populacional da cidade e consequente aumento da demanda. O caminho foi a perfuração de poços.

Nos anos de 2019 e 2020, por causa da escassez de água, a empresa foi obrigada a captar água do Balneário Atlântico, na saída para Três Lagoas. Caminhões pipa, à época, injetavam água na rede da Capital.

A perfuração de poços também foi a alternativa da Águas Guariroba diante das mudanças climáticas. “Nós temos o aumento da temperatura e, ao mesmo tempo, a redução significativa das chuvas. É por isso que a concessionária se planejou para fazer a ampliação da capacidade de produção e hoje consegue garantir o abastecimento da cidade”, afirmou o diretor-executivo da Águas Guariroba, Gabriel Buim.

A concessionária lembra que tem um moderno Centro de Controle de Operações (CCO), que permite que a água seja distribuída na cidade de maneira eficiente, com remanejamento do recurso de um bairro para o outro.

“No CCO, é possível acompanhar em tempo real os volumes de água captada, tratada e principalmente distribuída. O monitoramento indica quando as pressões baixam em determinadas regiões, reservatórios e estações elevatórias de água tratada (EEAT), permitindo que as equipes de manutenção atuem de modo rápido e eficiente, garantindo que os índices de perdas de água continuem sendo um dos melhores do Brasil”, pontua a gerente de operações Francis Faustino.

A Capital conta com 107 reservatórios de água, distribuídos nas sete regiões do município. O sistema ajuda a monitorar em quais bairros o consumo está mais elevado, quais são os horários de maior consumo, além da tendência de aumento, conforme o histórico de consumo dos clientes. Também é possível acompanhar as mudanças e previsões climáticas.

“Os investimentos reforçam as ações de produção de água, ampliando as operações de abastecimento para garantir a eficiência no fornecimento de água, reduzindo o risco de desabastecimento e proporcionando maior segurança operacional da água que chega até a residência da população”, finaliza a gerente.