As investigações da Delegacia de Dourados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) dão conta de que carga com 500 quilos de cocaína vinda do Paraguai e apreendida na manhã de ontem (14) na rodovia MS-166, no município de Antônio João (MS), seria levada para a Europa via porto de Santos (SP). A droga estava sob uma carga de soja transportada em uma carreta Scania com placa do Mercosul-Brasil CPGE61 e tinha sido entregue pelos narcotraficantes que operam em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
O motorista e dono da carreta Volnei Aparecido Martins, de 53 anos, morador em Dourados (MS), disse que carregou soja em Ponta Porã (Ms) e que depois levou a carreta para Antônio João (MS), onde a droga foi acondicionada em um compartimento preparado para isso. A soja seria levada pra Rolândia, no Paraná, e depois ele embarcaria outra carga de grãos e seguiria para o porto de Santos, no Estado de São Paulo, onde a cocaína seguira para a Europa.
Ele foi interceptado e, depois de uma rápida vistoria, os policiais rodoviários federais encontraram o compartimento onde a droga estava escondida. A cocaína foi descarregada no Posto de Fiscalização do Capey, na BR-463, entre Ponta Porã e Dourados, totalizou 500 quilos.
Na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul há várias pistas de pouso clandestinas onde aviões carregados com cocaína costumam pousar vindos da Bolívia, Peru e Colômbia. Dessas pistas de pouso, os carregamentos de cocaína são levados, por via terrestre, para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), de onde partem em navios cargueiros para a África e, de lá, para as principais capitais europeias.