Segundo a PF, Dom fugiu de helicóptero em sua fazenda no Paraguai depois do vazamento de informação. Trata-se da segunda vez que ele conseguiu fugir das autoridades de segurança, sendo que o seu grupo criminoso tem treinamento paramilitar para a realização do tráfico internacional de drogas.
De acordo com a PF, alguns de seus membros têm cursos nacionais e internacionais de segurança militar privada e atuação em guerras, além de seguranças militares privados de embarcações contra piratas da Somália, recrutados justamente pela sua experiência nesse tipo de serviço.
Ao todo, a Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Conhecida como “Clã Mota”, a organização criminosa já atuou no contrabando de aparelhos eletrônicos, cigarros, e agora no tráfico internacional de drogas, inclusive envolvendo negócios com o traficante Minotauro, que está preso.
Mais de 100 policiais federais participaram da operação que realizou prisões e apreendeu coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, e armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis .556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.
A “Operação Magnus Dominus”, que traduzindo do latim para o português significa “o todo poderoso”, faz alusão ao líder do grupo criminoso, o qual se auto intitulava como “Dom”, em referência a Dom Corleone, do clássico filme “O Poderoso Chefão”.