https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2018/11/15/video-mostra-momento-em-que-empresario-e-executado-a-tiros-em-ms-acao-durou-menos-de-10-segundos.ghtml
Os crimes de pistolagem definitivamente deixaram a região de fronteira e estão ficando comuns em Campo Grande (MS). A vítima mais recente é o proprietário de uma mineradora em Corumbá (MS), Cláudio da Silva Simeão, de 47 anos, que executado na madrugada desta quinta-feira (15) na Rua Patagônia, Jardim Bela Vista.
Ele tinha em aberto 8 processos de cobranças tramitando no Fórum de Justiça da Capital, que somam aproximadamente R$ 4,5 milhões. Imagens de câmeras de segurança, obtidas pela Polícia Civil, mostram o momento exato em que o empresário foi executado. A Polícia continua realizando buscas e informou que conversou com vizinhos e analisa as imagens das câmeras.
Entenda o caso
A execução do empresário ocorreu por volta de 1 hora de quinta-feira (15). A vítima chegava à sua residência, acompanhado do filho, Gabriel Yuri de Moura Simeão, 22 anos, e de uma terceira pessoa, quando foi estacionar a caminhonete e houve a abordagem de bandidos.
A investigação diz que ao menos 12 tiros foram disparados no local, dois atingiram o empresário e ele morreu antes mesmo da chegada do socorro médico. O filho também foi ferido e encaminhado para a Santa Casa.
Conforme o depoimento de testemunhas, o empresário chegou ao Aeroporto Internacional de Campo Grande por volta das 23h30. O filho então saiu de casa, no Jardim Bela Vista, para buscá-lo. No retorno, assim que abriu o portão da garagem, homens pararam um carro na frente e efetuaram os disparos.
O Corpo de Bombeiros chegou ao local e constatou a morte do empresário. Já o filho dele permanece internado na ala vermelha do hospital. Ele foi atingido no tórax, no lado esquerdo e está em estado grave. Nesta sexta-feira (16), o filho aguarda avaliação da equipe de cirurgia e permanece com drenos.
Uma terceira pessoa chegou a ser atingida por estilhaços de vidro do carro, porém, não precisou de atendimento. O plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, Antônio Ribas Jr., comentou que câmeras de monitoramento ajudaram na identificação dos suspeitos e buscas estão sendo feitas na cidade. Até o momento, não houve prisões.
Vídeo
Imagens de câmeras de segurança, obtidas pela Polícia Civil, mostram o momento exato em que o empresário, de 47 anos, é executado a tiros em Campo Grande, na madrugada desta quinta-feira (15).
O empresário chega dirigindo uma caminhonete, acompanhado pelo filho e por uma terceira pessoa. Eles aguardam o portão abrir. Logo na sequência, aparece um carro que para ao lado do veículo das vítimas. Um homem desce do carro armado e atira várias vezes em direção à caminhonete.
Ele volta para o carro e antes de sair ainda dá o último disparo. A ação é rápida, dura menos de 10 segundos. Investigação aponta que ao menos 12 tiros foram disparados, 2 atingiram a vítima que morreu ainda no local. O filho dele também foi atingido e está em estado grave na Santa Casa.
Dívida
Segundo as informações, o empresário estava sendo processado por dívida de R$ 4,5 milhões. Ele era um dos proprietários da Mineração Pirâmide Participações Ltda., de Corumbá. Após ser processado, um de seus três filhos pagou o valor em cheque, porém o documento foi devolvido porque não tinha fundos.
O autor executou o cheque extrajudicialmente e a oficial de Justiça, no dia 9 de outubro de 2018, chegou a ir à casa da vítima, mas sem sucesso, pois, de acordo com a responsável pela entrega, Cláudio fingiu que não estava em casa. “Esta oficial suspeita que ambos estavam na residência e se ocultam deliberadamente para não serem citados”, diz trecho do documento de execução de título.
O empresário foi condenado a pagar a dívida no prazo de três dias. O valor poderia ser parcelado em seis vezes, acrescido de correção monetária pelo índice do IGPMFGV e juros de mora de 1% ao mês. Conforme o processo,
a Justiça tentou penhorar os bens da vítima, mas não encontrou imóveis em seu nome. Na ação, o autor justifica que precisava receber o valor porque é referente à herança que seu falecido pai deixou para sua mãe.