A Justiça determinou que até o próximo dia 15 de outubro a Prefeitura de Campo Grande tem de instalar relógios de ponto para registrar a entrada e saída dos servidores de todos os órgãos públicos do município, dificultando, na teoria, a existência de funcionários “fantasmas”.
No entanto, o prefeito Marquito Trad (PSD) está fazendo de tudo para “barrar” a determinação da Justiça acertada por meio de acordo judicial e os motivos ficam cada dia mais claros. Afinal, pense bem, com a instalação de pontos eletrônicos, como o servidor fantasma vai receber os seus rendimentos no fim do mês?
Pois, se não aparecer no Paço Municipal, na Secretaria, escola, creche ou autarquia para bater o ponto na entrada, terá o dia de “trabalho” descontado por falta. E, caso resolva aparecer no local apenas para bater o ponto de entrada e de saída, terá pelo menos tido o trabalho de ir até onde teoricamente go0-deveria trabalhar, dificultando o cargo fantasma.
Sem dinheiro?
Para postergar por mais tempo a instalação do ponto eletrônico nos órgãos públicos municipais, o prefeito agora alega que não tem recursos financeiros suficientes para comprar os equipamentos. Ele afirma que a Prefeitura de Campo Grande vai priorizar o pagamento de salários e do 13º dos servidores municipais em vez da compra dos relógios de ponto.
O prefeito Marquito Trad afirma que se não houver condições de cumprir o acordo vai avisar o Poder Judiciário. “Vou até eles explicar que não tenho (dinheiro)”, sustentou, ao enfatizar que “eu vou dar prioridade aos salários e ao 13º”.
No entanto, se a Justiça fazer cumprir o acordado, administração municipal terá que apertar o cinto e correr atrás de alguma forma de honrar o pagamento dos aparelhos. Porém, uma solução, caso realmente Marquito Trad quisesse cumprir o acordo, seria alugar os aparelhos, como muitas empresas privadas já o fazem, não é preciso comprá-los, mas é preciso instalá-los para acabar com a farra do finge que trabalha que alguns servidores executam com perfeição.
Para quem não se lembra, na campanha eleitoral do ano passado uma questão veio à tona e não foi esclarecida como devia. O fato de Marquito, desde muito cedo vivendo do dinheiro público sob o manto de seu papai, era funcionário da Assembleia Legislativa enquanto fazia faculdade e curtia as praias do Rio de Janeiro.
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