De olho em fazer caixa sabe Deus para quê e com aval da ACP (Sindicato dos Profissionais de Educação Pública em Campo Grande), o prefeito Marquito Trad voltou a aprontar contra os professores e demais profissionais da educação do município.
Alegando estar cortando “privilégios da folha de pagamento” e dessa forma estancar suposto “déficit financeiro”, Marquito baixou decreto que trata da remuneração paga a servidores que trabalham em locais identificados como “de difícil acesso”.
Na gestão passada, por exemplo, o servidor que trabalhasse em uma escola localizada na zona rural do município tinha o direito de receber um valor financeiro a mais porque tem que andar muito para chegar ao trabalho.
Porém, esses profissionais foram surpreendidos com a redução do valor pago pelo difícil acesso. De acordo com denúncia feita ao Blog do Nélio, que infelizmente tem sido a única voz da população na mídia eletrônica de Campo Grande, esses servidores tinham uma porcentagem de 50% sobre o salário, uma vez que são obrigados a se deslocarem para áreas distantes da zona urbana.
O Blog do Nélio apurou que há alguns professores que passam a morar no lugar de trabalho, voltando para suas casas somente na noite de sexta-feira em decorrência do custo que é retornar todos os dias para perto dos seus familiares.
No entanto, indiferente à situação desses profissionais, Marquito Trad justifica essa redução em nome do corte de despesas, esquecendo-se que as secretarias municipais viraram verdadeiros cabides de emprego, onde os que carregaram bandeiras na eleição passada nadam de braçada.
Cabe lembrar, também, que professores efetivos na função de coordenação pedagógica estão sendo colocados à disposição por diretores para atenderem pedidos de políticos, dando vez aos convocados, ou seja, aqueles que não passaram em um concurso público.
Já foram solicitados providências à direção da ACP, porém, como todos já sabem, o atual presidente Lucilio Souza Nobre nada fará, pois tem uma “dívida” de gratidão com o prefeito Marquito Trad por ter nomeado o ex-presidente Geraldo Alves Gonçalves – que comandou o Sindicato por quase dez anos – para exercer o cargo em comissão de Diretor-Geral de Previdência Social, símbolo DCA-2, no Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG).
Portanto, Lucilio Nobre vai continuar com o seu papel de “cordeirinho” do atual prefeito e nada fará em prol da categoria que agora representa. E, portanto, a situação persiste, agravando-se com a falta de seleção para coordenadores pedagógicos, chamadas de concurso. A ACP, na verdade, deixou de defender os direitos dos trabalhadores da educação de Campo Grande, estando preocupada apenas com o bem-estar do atual e do ex-presidente, ambos, muito bem encaminhados na vida, se é que o leitor me entende.