As coisas não andam muito bem para o lado dos braços armados da Nação e a Marinha do Brasil quem o diga. Durante fiscalização de rotina da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Rio Brilhante (MS), três oficiais da Marinha foram presos em flagrante, dentro de um ônibus de transporte interestadual com destino a São Paulo (SP), por tráfico internacional de armas de fogo e associação criminosa.
Segundo informações da PRF, as prisões foram realizada na noite da última sexta-feira (08) durante uma averiguação de rotina a um ônibus da Viação Mota, linha Ponta Porã (MS)-São Paulo (SP). Os presos foram identificados como Ivan Passos da Cruz, 29 anos, 2º tenente da Marinha do Brasil, Clércio Gondim da Silva Júnior, 28 anos, 2º tenente da Marinha do Brasil, e André Luís Nascimento Fragoso, 28 anos, 2º tenente da Marinha do Brasil.
Os oficiais da Marinha do Brasil afirmaram que tinham como destino final a cidade do Rio de Janeiro (RJ) e, ao serem indagados se estavam armados, somente um deles informou que estava. Porém, como não tinha o registro da arma, deu-se início a uma “revista” mais minuciosa de toda a bagagem de mão e nos assentos pertencentes aos três marinheiros, mas nenhum deles tinha bagagem no bagageiro externo do ônibus.
Ao ser feito a revista pessoal no segundo oficial foi encontrada mais uma arma em sua cintura também sem registro, enquanto o terceiro oficial tentou esconder outra arma sem registro, desmontada, por dentro do assento onde estava, mas, posteriormente, foram encontradas duas espingardas calibre 12 da marca Boito. Inicialmente eles disseram que adquiriram as armas para defesa pessoal, em função de ameaças sofridas no Rio de Janeiro.
No fim da revista, a PRF informou que foram apreendidos os seguintes materiais com os três oficiais da Marinha do Brasil: duas espingardas calibre 12, número de série raspado, marca Boito; três pistolas 9 mm, número de série raspado, marca Glock; oito carregadores de pistolas calibre 9 mm; 260 munições calibre 12; 100 munições calibre .40 Winchester; 900 munições calibre 9 mm; dois coldres para pistola; uma case para arma longa; uma bandoleira; duas placas balísticas para colete; e quatro acessórios para calibre 12.
Os três portavam identidades militares, que foram confirmadas junto à Marinha do Brasil, por meio do contra-almirante Barros Coutinho, do 6º Distrito Naval, localizado em Ladário (MS), que entrou em contato com a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, localizada em Dourados (MS), para providenciar um oficial do Exército Brasileiro, o tenente-coronel Marco, para acompanhar o desenrolar do flagrante. Eles foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Federal de Dourados, onde foram enquadrados por tráfico internacional de armas de fogo e associação criminosa.