No julgamento do pistoleiro brasileiro Sérgio Lima dos Santos, que executou no dia 15 de junho de 2016 o narcotraficante e contrabandista Jorge Toumani Rafaat, o “Rei da Fronteira”, foram apresentadas, pela Promotoria de Justiça do Paraguai, as armas usadas para cometer o crime, incluindo a metralhadora calibre .50. As armas, de acordo com a acusação, são as evidências científicas que colocam o acusado no local do assassinato.
Para o promotor de Justiça Marcelo Pecci, as provas oferecidas tornam a acusação irrefutável de que Sérgio Lima dos Santos teve envolvimento direto na execução de Jorge Rafaat cometido em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Ele argumenta ainda que a principal evidência contra o preso é o resultado do DNA que coincidiu com o sangue dele que foi impregnado no caminhão Toyota Fortuner usado para o ataque. Sérgio Lima dos Santos, que foi ferido no atentado, não deu explicações para justificar a razão pela qual seu sangue foi parar no veículo usado no homicídio do Rafaat.
Marcelo Pecci afirma que Sérgio Lima dos Santos tem o treinamento técnico necessário para operar a metralhadora calibre .50 porque pertencia às forças especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro, da qual foi exonerado em 2011. Ainda no julgamento, também foram exibidas as outras metralhadoras e munições usadas para cometer o crime.
“Não há testemunhas que coloquem Sérgio Lima dos Santos no local do atentado, mas a evidência científica é inquestionável”, reiterou o agente do Ministério Público. O julgamento continua nesta sexta-feira (30) na sede do Agrupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, em Assunção, por questões de segurança. O Tribunal do Júri é composto pelos juízes Santiago Nunez, Mirna Ocampos e Librada Peralta.