O juiz Alexandre Tsuyoshi Ito, por meio de uma decisão em caráter liminar, tornou indisponíveis os bens da ex vereadora Magali Marlon Picarelli (PSDB), no valor de pouco mais de R$ 71 mil reais. Isso porque ela abrigou em seu gabinete parlamentar as suas duas noras, Aline Palma Padilha Picarelli e Kamila de Souza Matos.
As duas noras da vereadora eram contratadas pela Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e deveriam trabalhar na Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Campo de Grande, mas ao invés disso foram “emprestadas” ao gabinete da vereadora na Câmara Municipal.
Conforme as provas que embasaram a decisão do juiz Alexandre Ito, no processo número 0807799-582017.8.12.0001, que corre na 1ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Aline e Kamila não compareciam na Câmara de Vereadores para cumprir expediente, por isso não eram nem conhecidas pelas demais funcionárias que cumpriam regularmente a jornada de trabalho, mas as folhas de frequência delas eram assinadas pela própria Magali Picarelli. Enquanto isso as duas noras se dedicavam a atividades privadas, sem qualquer prestação de serviço público.
Embora Aline Palma Padilha Picarelli ainda carregue o sobrenome da família, ela é ex esposa de Mauricio Picarelli Júnior, e Kamila de Souza Matos, que não usa o sobrenome da família, é a atual esposa dele.
Em sua decisão o juiz Alexandre Ito considerou que as duas noras da ex vereadora Magali Picarelli (PSDB) também contribuíram para causar prejuízo ao erário, porém em menor escala que a vereadora. Por isso ele determinou que sejam bloqueados um pouco mais de R$ 37 mil das contas de Kamila Matos e de pouco mais de R$ 36 mil das contas de Aline Palma.
Magali é esposa do deputado decano Maurício Picarelli.
Na eleição de 2016 Magali Picarelli (PSDB) recebeu 2060 votos, não foi reeleita, mas está como suplente.