Malandragem tá solta! Levantamento revela que 11,8 mil pessoas foram vítimas de golpes em MS

Levantamento da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública) revela que 11.886 pessoas de Mato Grosso do Sul foram vítimas de golpistas de janeiro ao início de dezembro deste ano. Desse total, conforme os dados oficiais, 4.855 pessoas são de Campo Grande (MS), que caíram em vários tipos diferentes de golpes.

Na maioria das vezes, os casos ocorrem de forma online e utilizam-se de aplicativos, redes sociais e ligação telefônica. Um dos últimos golpes registrado nesta semana foi de uma mulher, de 45 anos, que perdeu R$ 3.453,18 após cair no golpe do falso emprego em Campo Grande.

Conforme o boletim de ocorrência, ela recebeu uma proposta de emprego da empresa Amazon pela rede social para ganhar renda extra trabalhando apenas meio período, porém, teria de passar por um treinamento que custava R$ 3.453,18 e, após cumprir algumas metas, seria contratada.

Por outro aplicativo de mensagens, uma outra mulher lhe repassou a chave do PIX, onde a vítima passou a realizar diversos pagamentos depois de cumprir as metas. Os valores foram realizados entre os dias 9 de novembro e 5 de dezembro, totalizando R$ 3.453,18.

A 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande divulgou que entre os golpes mais utilizados são o do falso relacionamento, o do intermediador de compra e venda, o do perfil falso do Whatsapp, o do cartão clonado e o do falso link, porém há vários outros. Os bandidos conseguem os dados da vítima em redes sociais ou em aplicativos de relacionamento e fazem o primeiro contato, geralmente por Whatsapp ou direct.

Depois passa a conduzir a conversa amorosa e envia fotografias de uma pessoa fictícia, até conseguir cativar a pessoa e ter sua confiança. Muitas vezes o golpista alega que mora fora do país e pretende vir ao Brasil para conhecer a vítima pessoalmente. Depois de perceber que a vítima foi seduzida, o bandido se aproveita da vulnerabilidade e começa a pedir dinheiro.

Há também casos em que o estelionatário pede fotografias íntimas da vítima e, ao recebê-las, passa a chantageá-la pedindo dinheiro sob ameaça de divulgar as fotos. Outro golpe é quando os golpistas entram em contato com a vítima e dizem que ela foi premiada em alguma promoção ou sorteio, alegando que ocorreu alguma operação indevida em sua conta bancária.

Um “link” é enviado à vítima para que ela acesse e assim evite que a sua conta bancária seja bloqueada. Porém ao acessar o link, os estelionatários passam a ter controle sobre os dados da vítima e em alguns casos conseguem acessar seus aplicativos, incluindo os de banco.

Um também muito comum é quando a vítima faz um anúncio em sites de venda online, como o OLX, por exemplo. O estelionatário entra em contato com a primeira vítima e diz que fechará negócio e então pede que ele suspenda o anúncio do site. O golpista então copia o anúncio feito, mas indica um valor abaixo para conseguir atrair vítimas.

Para a primeira vítima, o estelionatário diz que comprará o que foi anunciado, mas que tem uma dívida com um amigo, irmão, etc., e por isso pede silêncio no momento em que a primeira vítima dor apresentar o produto para a 2ª vítima. A segunda vítima (que pretende comprar o anúncio feito pelo estelionatário) também é orientada a ficar em silêncio quando for conhecer o produto pessoalmente.

Após convencer ambos, o golpista fornece contas bancárias de terceiras pessoas para receber o pagamento. Após receber o valor, para de responder às vítimas ou bloqueia os contatos. Os criminosos copiam a imagem do perfil da vítima e com uma conta falsa começam a pedir dinheiro emprestado para familiares e amigos da pessoa.

Neste golpe os bandidos se passam por funcionários de instituição financeira e informa à vítima eu ouve uma compra suspeita feita com seu cartão e pergunta se a vítima confirma a compra. Depois da resposta negativa, o golpista diz que o cartão da vítima foi clonado e eu andará um funcionário na casa da vítima para substituir o cartão.

Na posse do cartão da vítima, os criminosos efetuam diversas compras, saques e transferências. Ainda segundo as informações postadas pela delegacia, para evitar ser vítima de golpes é necessário que desconfie. Jamais repasse dados pessoais ou bancários por telefone. Caso receba ligação do banco, vá pessoalmente na agência para confirmar a informação.

Desconfie de links encaminhados pelo Whatsapp ou SMS. Utilize sempre canais oficiais de comunicação. Se possível faça download de aplicativos que detectam vírus no celular. Caso tenha clicado no link, informe imediatamente o banco. Nos casos de compra e venda online, desconfie de valores muito abaixo do mercado, de negociações intermediadas.

Mantenha conversa com o comprador e confirme a conta bancária informada antes de efetuar o pagamento. Nunca compartilhe fotos e vídeos íntimos por mensagem. Jamais deposite qualquer valor ao suspeito e se receber chantagem procure a delegacia. Com informações do site Midiamax