Máfia do táxis domina à Prefeitura e à Câmara. Uber paga 7% de ISS e CPI vai devagar quase parando

A publicação do decreto que regulamenta os serviços de transporte via aplicativos, leia-se, Uber, confirma uma suspeita que todos já tinham: a máfia dos donos de táxi manda na Prefeitura e na Câmara de Vereadores. No caso da Casa de Leis, foi aberta uma CPI, que não sai do lugar e dificilmente vai terminar em algo útil.

Portanto, caro leitor, está óbvio que a máfia dos táxis domina, tanto legislativo, quando executivo. Afinal, essa é a única conclusão plausível depois que o prefeito Marquito Trad publica um decreto que prevê pagamento de 7% do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) por parte das empresas responsáveis pelos programas de celular.

 O porcentual nem se compara ao que é pago pelas cooperativas de táxi e taxistas que atuam em Campo Grande, que são isentos desse mesmo imposto. Na prática, foi estabelecida por decreto taxa de R$ 0,10 por quilômetro rodado na cidade.

A composição do valor cobrado para aplicativos levou em consideração o preço médio da tarifa praticada, que é de R$ 1,43 por quilômetro rodado. Para a assessoria de imprensa do Uber informou que o valor do serviço é estabelecido por quilometragem rodada e minutos, além da taxa base.

Em São Paulo (SP), os motoristas adquirem créditos antecipados para rodar e o valor do imposto – de R$ 0,10 por quilômetro rodado – é pago pelo usuário. Em nota, o aplicativo informou acreditar “que regulações modernas usam a tecnologia para o bem das pessoas e das cidades e que diversos pontos do decreto proposto pela Prefeitura de Campo Grande terão um efeito exatamente oposto, burocratizando o acesso à tecnologia”.