A advogada Cristiane de Almeida, mãe do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, que foi executado em abril de 2019 a mando do empresário campo-grandense Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, ingressou ontem (24) com recurso de apelação para ampliar a condenação do mandante e dos demais envolvidos com o crime.
No julgamento, concluído na quinta-feira passada, Jamilzinho foi condenado a 23 anos e 6 meses de prisão por ter sido o mandante do crime, o ex-guarda municipal Marcelo Rios pegou 23 anos de prisão por ter organizado o assassinato e o policial civil aposentado Vladenilson Olmedo, o “Vlad”, pegou 21 anos e 6 meses também por ter ajudado a planejar a execução.
Segundo o site Midiamax, sem apresentar argumentos, Cristiane de Almeida apresentou o recurso “com fundamento no Artigo 593, inciso III, alínea “c” do Código de Processo Penal”. Pelo artigo, o prazo é de cinco dias para recorrer das decisões do Tribunal do Júri quando houver erro ou injustiça à aplicação de pena ou da medida de segurança.
No fim do júri popular, o pai da vítima, o ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, o “PX”, comentou que seu desejo era de que os acusados pegassem a pena máxima, de 30 anos. Porém, ainda não consta nos autos o pedido da mãe do acadêmico de Direito.
Também no fim do julgamento, as defesas dos três réus também chegaram a falar que recorreriam da decisão de condenação, mas até o momento nenhum pedido foi protocolado nos autos. O júri popular durou três dias, sendo cerca de 30 horas de depoimentos nos dias 17, 18 e 19 de julho em Campo Grande, tendo 16 testemunhas em um processo de cerca de 15 mil páginas.