Mãe de acadêmico executado pede para atuar como assistente de acusação no júri popular

A advogada Cristiane Almeida Coutinho, que é a mãe do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, Matheus Coutinho Xavier, executado com tiros de fuzil AK-47 no dia 9 de abril de 2019, solicitou à Justiça de Mato Grosso do Sul a possibilidade de atuar como assistente de acusação no júri popular contra o empresário campo-grandense Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, e contra o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, apontados como responsáveis pelo assassinato.

Segundo o site O Jacaré, o MPE (Ministério Público Estadual) não se opõe que ela reforce a acusação durante o julgamento, que começa na segunda-feira (17) e pode durar cinco dias. O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinou o reforço na segurança do Fórum de Campo Grande e dentro da sala do júri.

Em comunicado ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), ele pediu a reserva de hotel por cinco dias, de 17 a 21 deste mês, para os jurados. Também determinou que seja reservado o número suficiente de oficiais de Justiça para acompanhar os integrantes do tribunal do júri durante a hospedagem.

Na terça-feira (11), Cristiane Coutinho protocolou o pedido em regime de urgência para atuar como assistente de acusação. Ela tem o registro da OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil no Mato Grosso) e ficou devastada com o assassinato do filho, conforme relato do ex-capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, o “PX”, que é pai do acadêmico e seria o verdadeiro alvo dos pistoleiros.

Os promotores de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, Gerson Eduardo de Araújo e Moisés Casarotto manifestaram-se pelo deferimento do pedido feito pela advogada. Agora, a decisão caberá ao juiz Aluízio Pereira dos Santos. Marcelo Rios pediu a substituição da testemunha Carlos Freitas por Orlando Oliveira de Araújo, que está preso no Presídio Federal de Mossoró (RN).

O magistrado aceitou trocar, mas condicionou à disponibilidade de videoconferência para participar do julgamento. O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) se prontificou a realizar a transferência dos réus, Marcelo Rios e Jamilzinho, para participarem presencialmente do júri popular. Olmedo já foi transferido para um presídio estadual e está detido no Presídio Masculino da Gameleira, em Campo Grande.