A má gestão da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), voltou aos holofotes nesta semana. De acordo com o colunista da CBN Campo Grande, Edir Viegas, a suspensão do atendimento no Hospital de Câncer Alfredo Abrão devido à greve dos médicos e a paralisação da enfermagem da Santa Casa em Campo Grande motivaram o Ministério da Saúde a investigar a aplicação dos recursos encaminhado à Prefeitura Municipal via SUS (Sistema Único de Saúde).
O médico Ronaldo de Souza Costa denunciou ao colunista da CBN que o volume de recursos encaminhado pelo governo federal à Prefeitura de Campo Grande não justificaria paralisações por atraso de pagamento. A greve dos médicos do Hospital de Câncer teve início no dia 22 de fevereiro e só acabou em 6 de março, quando os profissionais receberam os salários atrasados.
Neste período, ao menos 500 atendimentos deixaram de ser feitos e o movimento só parou após a Prefeitura e o Governo do Estado aportarem mais R$ 6,1 milhões ao hospital. Pelo mesmo motivo, os enfermeiros e técnicos de enfermagem da Santa Casa cruzaram os braços no dia 9 de março.
Em ambos os casos, os gestores das unidades hospitalares responsabilizaram a Prefeitura de Campo Grande pelo atraso dos salários, já que não receberam do município o pagamento pelos serviços prestados. A Santa Casa recebe da Prefeitura pouco mais de R$ 26,1 milhões por mês, incluídos nesse montante os repasses dos governos estadual e federal, além de recursos próprios da Prefeitura.
Por sua vez, a gestão do Hospital de Câncer alega déficit mensal de R$ 770 mil. Tanto a Santa Casa quanto o Hospital de Câncer são instituições privadas, apesar de filantrópicas. Na denúncia encaminhada ao Ministério da Saúde, Ronaldo Costa destaca que os pagamentos mensais para esses hospitais são milionários.
No Hospital do Câncer, os repasses ordinários mensais são superiores a R$ 3 milhões, enquanto a Santa Casa recebe cerca de R$ 30 milhões por mês, sendo a maior parte desse valor investido via SUS. Ou seja, é inconcebível que a prefeita Adriane Lopes atrase repasse de recursos da União, demostrando a total falta de gestão.
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