Durante a maior crise política em que atravessa o País e Mato Grosso do Sul, um grupelho de advogados insistee atacar a OAB/MS de forma oportunista e rancorosa.
Numa lista assinada e capitaniada pelos Trad, menos de 100 advogados dos mais de 14.375 inscritos na entidade carregam um texto contaminado ainda com resquícios da derrota nas eleições da entidade e se dizem oposição.
Basta analisar quem são os nomes constante no inventário é fácil encontrar advogados de envolvidos e investigados na Lava Jato, Lama Asfáltica, Coffee Break, Adna e Uragano que se acham no direito de “censurar” a OAB-MS.
Ora, advogar para supostos “bandidos” faz parte da regra do jogo. Mas o documento protocolizado no dia 26 de maio na sede da OAB/MS que questiona porque a diretoria aqui do Estado ajudou a pedir o impeachment do presidente Temer, do PMDB, e não do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, citado nas delações do donos e executivos da JBS, maior empresa processadora de carne do País está carregado de digitais oportunistas e com intuitos escusos.
Basta relacionar que muitos da lista estão pendurados ainda no assessoria jurídica e em outros setores da prefeitura da Capital, comandada por Marquito Trad, irmão de Fábio Trad idealizador desse pseudo movimento carregado de resquícios de derrotas dentro da Ordem de MS.
Procurado pela imprensa, o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, foi enfático: “Nós não vamos partidarizar esse processo de investigação. Protocolamos pedidos contra todos que foram envolvidos nesta delação, governador, ex-governadores, deputados, secretários estaduais e municipais. Até porque, alguns destes membros familiares estão envolvidos também em outras operações como a Lama Asfáltica, na Máquinas de Lama.”
Já por outro lado os dois advogados que protocolaram e deram entrada no “manifesto” são investigados pela Lava Jato e Operação Toque de Midas do Gaeco. Lúcio Flávio Joichi Sunakozawa, por exemplo, é investigado na Operação Crátons, desdobramento da Lava Jato que cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório de advocacia Raul Canal e Advogados Associados, com sede em Brasília (DF) e ramificações em diversos Estados, incluindo Mato Grosso do Sul.
Além disso, Lúcio Flávio é presidente do PROS no Estado, que tem Raul Canal como presidente Nacional. Conforme o site oficial do próprio escritório, o Raul Canal & Advogados Associados, tem como sócio do escritório Baruffi, Sunakozawa, Prado, Gusman e Advogados Associados, localizado nos municípios de Campo Grande e Dourados, que é de responsabilidade de Lúcio Flávio Joichi Sunakozawa, presidente do diretório-regional do PROS desde maio de 2015, mesmo partido de Raul Canal, que possui uma cadeira de secretário na Executiva Nacional.
Já o advogado Dijalma Mazali Alves foi candidato à Secretaria-Geral na chapa de Afeife Mohamad Hajj pela OAB, apoiado pelo ex-presidente da OAB/MS, Fábio Trad. Djalmaé procurador e advogado do empresário Jean Michel Marsala Junior um dos investigados e denunciados à Justiça pelo MPE (Ministério Público Estadual), no âmbito da Operação Midas, deflagrada pelo Gaeco.
A suspeita é que o grupo criminoso tenha movimentado R$ 10 milhões em propina. Marsala também investiu na campanha do ex-presidente da Câmara Municipal Mario Cesar em 2012, o valor de R$ 100 mil reais. Mario é acusado pelo GAECO e Policia Federal por corrupção e ligação com organização criminosa comandada por André Puccinelli, João Amorim e André Cance.
Então, como se pode levar a sério uma nota de repúdio, quando os autores estão envolvidos até o pescoço nos atos criticados pela OAB/MS? Qual a credibilidade dessa nota?